Surpresas?

Amanhã vou disponibilizar o primeiro capítulo do Baronato de Shoah aqui no blog. Você poderá baixá-lo em pdf de meu perfil no Recanto das Letras e dar uma espiada nesta obra.

Tomara que as pessoas comentem bastante e critiquem. É sempre bom ouvir opiniões.

Amanhã eu também pretendo escrever sobre a Kabalah e de como ela interfere no livro.

Cuidem-se!

Quando a gente trava

É sempre difícil falar de técnicas para escrever.
Cada leitor tem seu ritmo, seu jeito, coisas que gosta de ouvir, beber, comer ou fazer enquanto escreve. No meu caso, gosto de música pesada e Toddy (ou Nescau).
Tem gente que precisa de paz para escrever, eu preciso de ruído e pessoas. Muito dos dois. Não sei porque, mas sempre foi assim.
Cheguei num ponto do Baronato onde travei completamente. Tentei escrever mas acabei digitando umas besteiras, perdendo o ritmo, sabe? Não sei se todo mundo passou por isso, mas me enfiei numa sinuca de bico: acho que alterei tanto a história que ela virou outra coisa. Daria um novo romance, praticamente (melhor guardar esse trecho né? Vai saber…).
Comecei o Baronato com uma proposta Steampunk-fantasiosa. Um mundo que caminha de uma Idade Média para um Vitoriano confuso que não tem muita idéia do que está fazendo ou de para onde está indo. Pareceu estranho? A mim também, é legal mas é difícil escrever nos dois períodos e tentar dosar coisas de Fantasia Medieval com o período Vitoriano de Castelo Falkeinstein.
Cara, detesto perder o ritmo. Detesto mesmo.
Enfim, comecei a rascunhar uma outra coisa, baseada no cenário Éride (que era um RPg e nunca consegui escrever nada a respeito dele). Estou bem feliz com o resultado e espero poder apresentar aos Beta-Readers em breve. Se bem que dois deles já leram.

Acho que é isso… cuidem-se!

cronos

O assunto de hoje é mesmo o tempo e não o Todo-Poderoso do monte Olimpo, por isso mesmo, em letra minúscula. Tempo, mano velho. É, falta um tanto ainda, eu sei. Há aquelas pessoas que parecem saídas dos comerciais de margarina: suas vidas são tão certinhas que dá nos nervos. Não gosto de ser pessimista mas tem horas em que é preciso estourar a bolha das pessoas que vivem nas nuvens, achando que fazem o que querem, que querem o que fazem, que deus vai ajudar e que há males que vêm para o bem. Não tenho tempo pra isso. Pelo menos pra mim o chão é mais embaixo. E se você estiver se sentindo bem, não se preocupe: logo passa.

Ando feito burro de carga pelas ruas de São Paulo. Dependo da boa vontade dos outros para conseguir cumprir meus compromissos. Ônibus atrasa, metrô atrasa, motorista experiente bate o carro e para o trânsito, internet cai, o banco fica fora do ar, o jornal sai com erro, o telefone fica mudo, o leitor de código de barras não reconhece o produto que você escolheu, o médico erra, um jogador da seleção brasileira erra o saque. Por que eu tenho de ser perfeito? E tem mais: muito me alegra saber que Fernando Pessoa abandonou o curso de letras, que Luís Fernando Veríssimo não tem curso superior, que Van Gogh cometeu suicídio e que um frágil pássaro pode derrubar uma gigantesca aeronave, ainda que seu corpo pequenino se desintegre numa fração de segundos ao entrar pela turbina do monstro alado.

Vinicius de Moraes já dizia que o bom cronista, ao fim de seu terceiro mês trabalhando no jornal, já estaria gastando metade do seu ordenado com despesas de logística. E se para você é difícil imaginar o tempo em que era preciso pagar um táxi apenas para levar ao escritório umas poucas folhas manuscritas, não, brava gente, não existia e-mail, celular e muito menos twitter, não se preocupe, em breve você já estará lembrando como era bom ouvir músicas em cd lendo o encarte e em como nossa antiga seleção de 2002 era sem dúvida a melhor que já existiu.

Se o poeta pudesse, daria tudo só para ver a expressão de alívio do editor ao ver que ele afinal tinha mandado o que prometera. Com isso, vê sua página pronta com a mesma ternura de um pai quando a filha mais velha volta para casa. Mil perdões aos queridos leitores do blog pelo atraso deste post.

Dica: um bom exercício de memória é emprestar dinheiro para as pessoas.

Riese The Series

Cara, eu quero assistir isso!!!

Hurt - Johnny Cash (Legendado)

Um pouco de boa música pra alegrar o ambiente. Preciso rever uns textos e postá-los aqui, gosto de nossas conversas. Quando vocês comentam...

Lançamento da Tarja


Amigos,



 



Em comemoração aos dois anos da
Tarja Editorial
(apesar do sonho ter nascido em 2006, a fundação
completou dois anos poucos dias atrás), realizamos uma parceria com o Bardo Batata, lançando uma promoção com o primeiro
livro publicado com nosso selo: o “Visões de São Paulo
– Ensaios Urbanos
”, um dos livros mais representativos da variedade
cultural da literatura paulistana.



 



A chef de cozinha da casa, Valéria Telles,
preparou uma batata suíça com sabor especial para a ocasião, homenageando Adoniran Barbosa, o músico que mais flertou com Sampa
até hoje, além do conjunto Demônios da Garoa,
que dispensa comentários. Nessa promoção, cada cliente que saborear o prato, leva de presente um exemplar do livro, para alegrar
além do paladar, a sua (nova) Visão.



 



Estou preparando uma grande festa, pra prosearmos e
trocarmos figurinhas. Uma nova desculpa para nos
reunirmos
e brindarmos a algo. Como sempre, a literatura é a melhor
desculpa possível para reencontrar velhos amigos,
portanto, espero vocês por lá. Vai ser dia
26 de setembro (sábado), começando lá pela casa das 19:00
horas e indo até o último resquício de prosa etílica, assim ninguém tem
desculpas para deixar de lado esse reencontro, ok?



 



A apresentação do prato segue abaixo, na imagem, junto
com endereço e afins. Caso não recebam, não consigam abrir, ou outros detalhes internéticos,
gritem por mim!



 



Abraços,



 



Richard Diegues

Visões de São Paulo é uma
compilação de 50 ensaios independentes que apresentam variados retratos desta
Metrópole.



 



Os contos variam bastante de
gênero - do suspense ao romance, da ficção científica ao humor e de crônicas
cotidianas ao realismo fantástico - várias visões, das várias São Paulo.



 



Um dos maiores sucessos
literários do país, detendo o maior recorde de público em um lançamento
literário. Responsável pelo lançamento de dezenas de autores e com a
participação de diversos escritores consagrados, é uma obra que não se pode
deixar de conhecer.



 



Dados Técnicos:



                                                                                                       

 



Organização: Richard Diegues



ISBN: 978-85-986584-0-5



Páginas: 112



Formato: 20x22cm



Acabamento: papel pólen



Ano: 2006



 



Os autores e suas obras:



 



Alexandre Heredia - Vira-latas;



Andre Vianco - O Manto;



Andrei Puntel - Pés Descalços;



Camila Fernandes - Lâminas de
Tarô;



Carlos Orsi - Espeleologia;



Carolina Freitas - Exílio
Voluntário;



Claudinei Vieira - Delegado;



Cristina Lasaitis - O Homem
Atômico;



Daniela Fernandes - Kirisame;



David Polizelli Hoffmann -
Versões Brasileiras;



Denise Martins Guimarães - Vivo
Ainda Estou. .. Antigamente;



Dóris Fleury - O Dragão;



Déia Batista - Rua Sem Saída;



Eduardo Baszczyn - Minuto;



Fernando Alonso Moyses - O Voyeur;



Fernando David - O Joguete;



Fernando de F. L. Torres -
Sapatos Vermelhos;



Fábio T. Torres - O Tiro Surdo;



Gianpaolo Celli -
Responsabilidade e Liberdade;



Gilmar Silva "Lewd" -
Non Ducor, Duco;



Giorgio Cappelli - Clichês do
Trânsito Paulistano;



Heloisa Pait - O Homem Que Era;



Iuri Ribeiro - Tons de Cinza;



Jean Canesqui - O Vampiro de
Esperma;



Leonardo Pezzella Vieira - Um
Homem de Valor;



Liz Marins - A Procissão;



Luis Vassallo - Castelos no Ar;



Marcelo Ferrari - Gnomos de
Durepox;



Marcelo Del Debbio - Uma
Conversa Que Nunca Existiu;



Mauricio Zampieri Mikola -
Alerta São Paulo;



Mauro Caramigo - Donelenilda;



Melissa Mell - O Jequitibá-Rei;



Nelson Botter - O Estranho Caso
do Atirador do Mercado Municipal;



Nelson Magrini - Sombra;



Patricia Soares - A Filhinha do
Papai;



Paulo Cast o - Fragmentos de
Fúria Geográfica;



Pedro M. S. Oliveira - O
Andarilho;



Raul Tabajara - Sensíveis;



Richard Diegues - Visões de São
Paulo;



Roberta Nunes - Meio-dia;



Rodrigo Venkli - O Vazio;



Rogério Augusto - Sampa Sem
Sentido;



Rosana Braga - São Paulo de
Mais Afeto;



Sandra Saruê - Mera
Coincidência;



Sergio J. G. Silva - Morro da
Bunda;



Tati Bernardi - Como Ser Feliz
num Domingo em São Paulo;



Tatiana Carlotti - Sobre os
Atalhos;



Valter Goulart - Anônimo;



Verônica B - Abril;



William Goldoni - Viagem ao
Lado Direito de Deus

trecho do capítulo 4 - A voz do silêncio

Phillip verificou o relógio de bolso novamente. Estava nervoso, com pressa. Depois da empresa precisava passar em outro lugar, sozinho. Maya não precisava ir com ele, nem deveria. Monikha não ia gostar.

Pouca gente ia gostar, na verdade. Provavelmente só ele, a moça e a dona do hotel onde se encontravam esporadicamente. Não importava, para Phillip, pouca coisa importava.

Viu quando o homem fechou a loja e apagou as luzes. Ele não saiu, foi para os fundos e desapareceu na escuridão. O Noivo, entretanto, continuou parado. Apesar do nervosismo e da pressa, alguma coisa o incomodava, avisava que algo muito estranha estava para acontecer.

Acostumado a uma vida cheia de regalias e vitórias, o rapaz ouviu sua intuição. Se deveria ficar ali, arriscaria. Desacostumado a perder, queria saber o que aconteceria. Na maioria das vezes se dava muito bem. Era quase um dom que ele tinha para atrair dinheiro, atrair riqueza.

Deu um tapinha no teto do carro. Sorrindo. Seu dom o atraíra para Maya, a maior de todas as riquezas. Gostava dela, um pouco. Mas o que realmente gostava nela era a sensação de poder, de ser alguém, de conseguir as coisas porque a família era influente e rica. Incrivelmente rica.

Parou pra pensar. De todas as riquezas, a única que importava era o poder. O resto podia ser comprado, mas o poder devia ser conquistado através de luta. Fosse ela verbal ou intelectual. Phillip não era um homem físico, um soldado. Era um pensador macabro que ia pelas sendas da perfídia.

Repentinamente a cidade despertara. Farhan era assim mesmo; numa hora estava vazia, quieta, aguardando. No outro explodia em ação. Ao argutos olhos de Phillip atentaram para um detalhe que, até aquele momento, passara despercebido.

Dois homens atravessavam a rua conversando animadamente. Não eram tão diferentes assim das outras pessoas. Não na capital, onde o povo era excêntrico e se vestia de acordo com a moda.

Aqueles dois lhe roubaram minutos preciosos, sessenta segundos que o fariam se atrasar para uma reunião no fim da tarde; segundos que o fariam quase bater o carro; segundos que o atrasariam para seu encontro, perdendo a chance de esquentar o corpo junto a Monikah.

Mais para frente, aqueles sessenta segundos olhando para os dois salvariam sua vida.
O mais baixo deles era um rapaz de cabelos quase raspados e olhos de uma cor estranha, avermelhada. Um longo manto preto cobria o lado esquerdo de seu corpo. Ele comia uma torta de frango.

Só que foi o mais alto quem roubou um pedaço da vida de Phillip. Seu rosto era quadrado e firme, os olhos azuis eram tão escuros que pareciam negros e ele vestia a estranha armadura cheia de ponteiros e medidores da Guarda Real. Um Kiy, um Marcado, alguém cujo destino estava invariavelmente ligado à família Ahsverus e à sua proteção incondicional.

Phillip perscrutou o rapaz como se ele fosse um monstro prestes a atacá-lo. Seus olhos pairaram nas mãos do soldado: próteses douradas feitas para substituir os membros originais. Soldados mutilados como aquele eram comuns, principalmente após uma batalha. Só que alguma coisa incomodou o noivo de Maya. Não era o jeito sério com que o outro tratava as brincadeiras do amigo; nem o porte ereto, firme; muito menos aqueles lindos olhos escuros. Era uma coisa que as palavras não conseguiam explicar direito. Uma coisa estrelada, mágica, incrível. Brilhavam com vida, apesar do destino sanguinolento.

Eles passaram ao lado do carro e Phillip encontrou as órbitas azuis mais uma vez. Fitaram-se. O Guardião e o Noivo. O azul eterno contra o castanho pueril. Um infinito decimal correu entre ambos até se desfazer numa miríade ausente de significados; houve um segundo entre os milésimos, um sussurro entre berros; os olhos azuis e castanhos filtraram o espaço e a diferença social entre seus donos.

Depois, apagaram-se numa dança extinta. Por um único momento, o divino fez-se homem e a divindade virou menino.

Eram iguais.

Cancioneiro da Solidão

Ás vezes sou levado por um furor criativo que não pode ser detido por nada. A coisa acontece mais ou menos como um prazer sexual explosivo: vem como um relâmpago e atinge a árvore sem parar em nenhum obstáculo.

Esse relâmpago, furor, tesão, não pode ser classificado, ele cai - nunca duas vezes no mesmo lugar, e consegue me tirar do mundo real. É criatividade encarnada, berro de vontade em escrever e ler.

Vou para outro mundo, aquele dos sonhos, dos prazeres; onde sou bonito, forte, inteligente, desejado; nesse mundo, sou o rei dos cegos! É verdade, não faço mais parte desse mundo, sou uma criação do Vazio, do Nada, sou um onírico dentro das vicissitudes de um medo incorrigível.

Algumas vezes, esse medo é extravasado pelos poros, como um suor incessante que cai de meu rosto na forma de palavras sem sentido, com um jeitão de rimas e poesias, já houve elegias e trovas que me tornaram um cancioneiro da solidão.

É engraçado perceber o que as pessoas não enxergam. Que o céu não é azul, que o certo não é errado, e que a soma de dois e dois é cinco, só porque esse é o nome daquela quantidad: por convenção a soma de dois e dois não recebeu o signo “cadeira”.
O medo. É o medo que prende nossas pernas, segura nossas mãos e impede nossos lábios de dizer “te amo”.

Engraçado, os antigos acreditavam que Júpiter era seu mais poderoso deus, com seus relâmpagos e trovões. Mas eles não passam de uma representação do medo. Seu maior deus deveria ser Athos, o medo.

Agora eu caminho, uma senda impenetrável, inviolável, da pureza da solidão, onde meus sonhos são meus, onde meus desejos são meus, e os prazeres podem ser nossos.
Eu caminho essa trilha...e não tenho medo dela...

O Vento

Eu pedi tantas vezes pro vento não trazer mais aquele cheiro
Que me fazia lembrar de você em todos momentos
Ah, e a brisa ao passar!Tantas lembranças,
Tantos amores e coisas sem nome!
Foram aqueles dias de solidão que terminaram em seus braços,
E ao olhar para trás, correndo do futuro, vejo
Tanta coisa sem-graça

Dancem macacos, dancem

Hoje é dia de pensar. Depois do texto fabuloso do Mauricio aí embaixo resolvi dar minha contribuição com este vídeo que é bem conhecido na internet: Dancem macacos, dancem.

Feche os olhos

Fico pensando nas diferentes visões de mundo das pessoas. Há quem creia com fervor que todas as coisas neste universo são regidas por uma força mágica e que por trás de tudo há um ser espetacular, lindo, bom, supremo e perfeito. Esse alguém seria Deus. Por outro lado, há os radicais que defendem ser esse mundo o caos total: ninguém manda em ninguém, ninguém deve nada a ninguém, ninguém é de ninguém e tudo veio do nada. Apesar de ter uma queda a ir para esse lado, também me parece bastante equivocado jogar tudo pro nada. Acredito ainda que, tão imaturo quanto jogar para Deus as nossas inquietações e tormentos espirituais sobre morte, ressurreição, eternidade, castigo etc. para nos livrar da aflição e angústia que é tentar encontrar uma luz para esses temas é acreditar cegamente que as coisas simplesmente existem por acaso. Quando estou perturbado, costumo apreciar o vento, os pássaros, as plantas, as flores, os animais e as belas sinfonias. Sentado no gramado da Cidade Universitária à sombra de uma frondosa árvore enquanto me delicio com o concerto nº 4 para piano e orquestra de Beethoven e admiro a floresta de arranha-céus da avenida Brigadeiro Faria Lima, de grande parte da marginal Pinheiros e alguns poucos da região da Paulista penso: será mesmo? Não quero acreditar que tanta beleza possa ser assim tão volátil. Alguns instantes antes, uma borboleta pousara em meu joelho.

Talvez seja mesmo uma grande tolice crer que Deus tenha feito o mundo, mas aparentemente, ainda não inventaram uma ideia melhor.

Certa vez, um colega de faculdade, aluno de filosofia, comentou calmamente que ateu e religioso são pessoas de muita fé. O religioso tem fé que Deus exista e o ateu tem fé que não. Muito provavelmente o nível de fé deles é o mesmo (ainda não inventaram um aparelho para medir, graças a deus, e com ironia da expressão). Apenas canalizam suas energias em direções diferentes. Os dois ocupam extremos igualmente frágeis e em certa medida irracionais. A desculpa que o ateu impregna no religioso de ter preguiça de pensar por conta própria e aceitar tudo que a religião impõe vale contra ele mesmo. É um tiro no pé. Pode ser uma grande viagem acreditar que o céu outrora fosse habitado por anjos, que um deles se rebelou contra o criador perfeito (pausa para reflexão: se deus é perfeito, como fez um ser capaz de se rebelar contra ele?), que esse mundo foi criado por um ser divino que interferiu várias vezes no rumo da humanidade e que depois passou a sentir prazer jogando com seus brinquedinhos como uma espécie de videogame em que vem assistindo pelos séculos dos séculos a comédia humana e o desastre terreno de sua mais bela criação e assim por diante. Mas também não parece ao humilde leitor erro crasso não acreditar em nada? Apesar de orgulharem-se da ciência, atribuir a origem do universo e do homem ao simples e mero acaso não é exatamente uma postura científica.

Algumas canções do Pato Fu, apesar da aparência inocente e do tom alegre das melodias, trazem boas provocações religiosas. Já não é de hoje que compõem músicas questionando abertamente o altíssimo. Pode ser que sejam ateus, se deus quiser.

As pessoas têm que acreditar
Em forças invisíveis pra fazer o bem.
Tudo que se vê não é suficiente
E a gente sempre invoca o nome de alguém.

Acho muito caro o que ele está pedindo
Pra eu ter muito mais sorte e menos azar.
Acho muito pouco o que tenho no bolso
Pra ver o sol nascer não tem que pagar.

É certo que milagre pode até existir
Mas você não vai querer usar.
Toda cura para todo mal
Está no Hipoglós, no Merthiolate e no Sonrisal.

Quem tem a paz como meta
Quem quer um pouco de paz,
Que tire o reboque que espeta
O carro de quem vem atrás.


Fui tomado por sufocação e um suave horror certa vez ao circundar a praça Rotary, no bairro de santa Cecília, ouvi uma reflexão de Jorge Luís Borges que o amigo Rodolfo Konder fazia a gentileza de ler:

Fecho os olhos e vejo um bando de pássaros. A visão dura um segundo ou talvez menos; não sei quantos pássaros vi. Era definido ou indefinido o seu número? O problema envolve o da existência de Deus. Se Deus existe, o número é definido, porque Deus sabe quantos pássaros vi. Se Deus não existe, o número é indefinido, porque ninguém pode fazer a conta. Nesse caso, vi menos de dez pássaros (digamos) e mais de um, mas não vi nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três ou dois pássaros. Vi um número entre dez e um, que não é nove, oito, sete, seis, cinco etc. Esse número inteiro é inconcebível; portanto, Deus existe.


Respirei fundo e fui contemplar as árvores.

Rammstein

Uma das coisas que ouço enquanto escrevo. Rammstein é fabuloso, os clipes são pequenas e criativas histórias.




O segundo clipe é da música que me apresentou à banda. Du hast.

Steam Walker: Prof. Aloitius Croiden's Patented Automaton




Um exército destas belezinhas e transformo a Argentina num estacionamento!

Queda de Braço Steampunk!!

Muito bom! Você se arrisca a disputar com ela?

Steam walker

Realmente, tem gente que curte inventar essas maluquices. Quero um desses!

Nazarethe Fonseca - Alma e Sangue

Kara Ramos é uma jovem restauradora, determinada e espirituosa, que aceita o desafio de reformar um casarão abandonado na cidade de São Luís, no Maranhão. Porém, o que ela jamais poderia imaginar era encontrar adormecida no sótão uma criatura com mais de 300 anos, sedenta de sangue e vingança. Agora que despertou, o vampiro Jan Kmam irá até as últimas consequências para se vingar de seus inimigos.

Sobre a Autora: Nazarethe Fonseca nasceu em São Luís, Maranhão. Começou a escrever aos 15 anos, após um sonho que se tornou seu primeiro livro, uma trama policial. Seu livro de estréia, Alma e Sangue – O Despertar do Vampiro, foi publicado pela primeira vez em 2001. É autora também de Kara e Kmam, e publicou contos nas coletâneas Necrópole: Histórias de Bruxaria e Anno Domini. Mora atualmente em Natal, Rio Grande do Norte, é apaixonada por livros, gatos, música.

Éride

Desenvolvido para o sistema Nexus, Éride é um RPG de temática mitológica, onde você fará o papel de um Detentor: um escolhido dos deuses para lutar por eles numa guerra mais antiga que o próprio tempo – esta é a guerra que dá nome ao jogo.
Cada escolhido viveu sua vida normalmente até o início da juventude, quando é levado por espíritos antigos (os daímones) para um mundo paralelo e lá batizado com suas novas habilidades; quando retorna este escolhido não existe mais como humano e todas as lembranças sobre ele foram apagadas.
Um detentor possui dois conjuntos de habilidades: as manobras – que são os famosos “raios de energia” que os detentores soltam: esferas, feixes, explosões; e as dádivas, um conjunto de cinco poderes divididos em três níveis, exclusivos de cada deus e semelhantes a seu domínio. Assim Filhos de Ártemis têm poderes de caça, Filhos de Hades controlam almas, e Filhos de Éris são mestres da discórdia.
Há três Círculos que lutam entre si: Geia, com Zeus, Ares, Ártemis, Apolo, Bóreas, Hermes, e Atena em suas fileiras; Nix com Nêmessis, Tânatos, Pã, Hipnos, Afrodite, A Sombra, e Éris entre os seus; por fim, o Círculo de Érebo, cujos membros são Hades, Poseidon, Hera, Perséfone, Prometeu, Cronos, Hécate.
A guerra termina quando um dos Círculos exterminar completamente os outros dois, e, atualmente, o Círculo de Nix está vitorioso. Para combater os detentores dividem-se em génos – famílias, cada génos tem como único objetivo a destruição de génos de Círculos opostos. Mas não há apenas Detentores num génos: existem também os oráculos, imortais, cuja função é encontrar Detentores e treiná-los; Iniciados, humanos que decidiram trabalhar dentro das moradas – o lar dos detentores. Este é outro ponto importante em Éride, Detentores costumam viver isolados da raça humana, muitas vezes numa sociedade anacrônica medieval, distante de toda tecnologia.
Mas não há apenas detentores nesta batalha: muitas outras criaturas, feitas de caos e destruição, planejam o fim da Éride e de tudo que existe. A Aliança é talvez a maior ameaça a tudo que existe: criada pelos Éginos, cujo único propósito é fazer a existência voltar ao Caos primordial. Além deles há também as hidras, mestras no disfarce e na dominação, capazes de se revestir como humanas e enganar a todos; e os temidos Filhos de Órion, Detentores que caçam outros Detentores.
Este é um grande resumo de tudo que é Éride; ainda há as tensas relações entre humanos e detentores, as brigas entre membros de uma mesma Filiação, e a eterna luta interna entre o humano e o divino em cada escolhido.
O sistema do jogo é fácil e simples: Nexus é baseado no d6, e é indicado para jogadores iniciantes: o sistema e o livro básico podem ser baixados gratuitamente no site www.nexusbr.blogspot.com. Ou no link ali do lado para o Recanto das Letras.
Há um tempo venho rabiscando uns contos para o cenário. Depois de ler alguns autores brasileiros (Andre Vianco e Nazarethe Fonseca) tive umas idéias interessantes para algo que, um dia, pode ser um romance de verdade em território Tupiniquim.

Ei-me.

Será uma grande honra e também uma alegria usar este espaço para conversar um pouco sobre coisas importantes, algumas nem tanto. É meu dever expressar aqui meus mais sinceros votos de estima ao camarada Zé e a todos aqueles que apreciam literatura, jornalismo, música e reflexões muitas. É tão difícil encontrar pessoas que gostem das mesmas coisas que eu.

Sigo na saga das letras há quase cinco anos deixando meu rastro pegajoso. Além disso, sou apreciador inveterado dos jornais, telejornais e também do rádio (ele não morreu). Estar em contato com papel, tinta, poeira e alguns espirros também faz parte da minha terapia. Sou do tamanho dessa cidade. Encontro, ando, vasculho e me perco em cada um dentre tantos mundos que residem sob o teto de São Paulo vigiado pelo espírito aventureiro e bandeirante de outrora. Explorar cada milímetro desse território me mantém vivo.

Entre meus escritores preferidos constam Fernando Sabino, Gilberto Tinetti, Nelson Rodrigues, Hemingway, Cyro del Nero, Ruy Castro, Millôr Fernades, Rodolfo Konder e Gilberto Dimenstein, que não é exatamente um escritor mas faz comentários e observações bastante pertinentes sobre educação, metrópole e sua crença no ser humano.

Bom, o que posso dizer é que dei muita sorte de ficar no meio de dois gigantes da escrita, a saber, Nadya Emma e o já citado companheiro de lutas Zé Roberto. A sorte do escritor pequeno é figurar entre dois grandes; todo mundo acaba lendo rs. Passarei a escrever aqui às quintas-feiras. Obrigado a quem leu, mais ainda a quem apreciou. Falou-lhes Maurício Neri. Sempre mais.

Esse sou eu, de acordo com a profecia.

solomon Kane - o trailer russo

Não dá pra entender, se você não fala russo. Mas as imagens são bonitas.

Imagens inspiradoras

Essa aqui é uma daquelas imagens que sempre me inspiram, putz, nunca lembro o autor e perdi o link dela. Se bem que ela vive espalhada pela internet a torto e a direito.

Confere aí! Dá pra usar de Wallpaper!

Pastor ZAngief

Esse aí ficou famoso e criou um novo tipo de PAstor na NEt. O Pastor Street Fighter

Até esqueci o nome do vídeo

Curso de roteiro para histórias em quadrinhos

A Fome de Íbus


"Há muito tempo, numa época em que as grandes montanhas Malatosas ainda se erguiam no mundo, numa das poucas vezes em que anões estiveram ao lado de elfos, empunhando suas armas contra um inimigo comum, surgiu um grande guerreiro bárbaro conhecido como o Dentes-de-Sabre; que retornou, depois de muitos invernos, das guerras em que se engalfinharam homens e povos da escuridão, no Norte.


Seu braço ostentava o aço dos clãs e em seu peito havia um espaço deixado pelo coração selvagem ancestral. Foi à procura do antigo sentido de sua vida que voltou para sua terra natal, o Norte, de poucas cores. Trouxe com ele um presente a um amigo, seu mentor, mas sem que imaginasse, acabava por trazer consigo o início de uma desconhecida profecia. E tudo começou..."


Blog do Autor: www.albarusandreos.blogspot.com

Discriminação é Crime.

Bom, muitos de vocês conhecem o caso. Quem não conhece, pode dar uma olhada no blog do Kizzy Ysatis para saber o que aconteceu.

http://www.kizzyysatis.blogspot.com/


Dá uma passada lá.

Eu, sinceramente, não coloco os pés na "A Loca" nem que eles peçam desculpas publicamente.
Achei que os leitores do blog deveriam fciar sabendo. Abraços a todos.

Aniversários e Mudanças

Hoje é meu aniversário, faço 27 anos.
Fazer aniversário faz a gente parar para pensar, mudar, olhar para si mesmo e para o mundo. Aniversário é nascimento, criação, destruição.
Ando pensado muito em alguns 'Papo na Estante" onde ouço que não dá pra gente saber o que a gente tá escrevendo, que quem decide isso é o público ou a editora.
Começo a mudar, mexer em coisas no Baronato, olho para ele e desencontro meus objetivos: será que estou escrevedo um steampunk ou me aproveitei de uma onda para criar meu livro? O que eu teno aqui, essas 40 páginas de história, são realment encantadoras ou meramente truques baratos de escritor iniciante?
Coloco-me em xeque. Sou o rei olhando os peõs avançando e fico aqui pensando: caceta, pra onde vou?
O Baronato me foge ao controle, avança como um ser vivo, embrenha-se numa high-fantasy e me diz "não basta dizer que é steam, palhaço."

Fico aqui me arrastando e percebo. Sou um épico, um steam, um terror, um high, um medieval.
Sou só um livro
Você me dá um mundo.
Você me lê....

Violentamente Pacífico

Não, não é um vídeo steam. Na verdade é um vídeo amador sobre a sociedade, negros e opressão. Talvez não faça diferença nenhuma ou fuja do assunto do blog. Sei lá, eu nunca achei que um blog tenha que se fechar.
Mas fica aí, se vocês e interessar.

Steampunk na IstoÉ

Os Punks da era vitoriana
O que é o movimento steampunk, formado por jovens que cultuam a moda e os hábitos do século XIX



BRASILEIROS Jovens vestidos a caráter no Memorial do Imigrante, em São Paulo: futurismo retrô


Quando estão entre si, eles chamam carro de carruagem sem cavalo e televisão de teletroscópio - como o fariam os antepassados de seus avós. São os jovens seguidores dos steampunk, uma tribo contemporânea que cultua o século XIX. Não é nada fácil conceituá-los. Steampunks, movimento que começou nos Estados Unidos e tem a literatura como berço, é um estilo de vida.

O restante da matéria você pode ler em IstoÉ Steampunk!