Kadriatus



Você já conhece este personagem lá do blog da Nexus. Mas ele ainda não tinha uma história.

Kadriatus foi quem condenou Aleantrus Hadjakkis ao Cárcere, privando-o de sua alma, assim como matou toda a família de Sehn. Ele é um dos Juízes de Ferro, que são responsáveis por julgar e punir Paladinos desvirtuados.
O que mais lhe dói é saber que Aleantrus foi seu mestre, assim como de diversos outros Paladinos. Vendo no homem um herói, Kadriatus lhe deu três chances de sobreviver: podia matar a esposa, matar a filha, ou entregr o paradeiro de Sehn - que ele havia escondido para não morrer.
Aleantrus se recusou, para espantod e todos. E foi jogado no Cárcere, uma prisão para almas de onde ele só poderia sair 100 anos depois - caso fosse absolvido de seus crimes.
Kadriatus nunca se perdoou pelo que fez, mas mantém isso em segredo. Foi ele também quem começou a tradição de trocar membros do corpo por partes mecânicas, quando perdeu as mãos enfrentando um ciclope.

Sehn Hadjakkis - wallpaper






Lá vou eu em incursões pelo photoshop. O resultado ficou legalzinho, dá pra ver a diferença de cor entre a espada e o bárbaro. Mas, o que eu queria era passar a idéia do que é o Sehn Hadjakkis, uma distopia ambulante: Filho de um Paladino de Shoah que traiu seus ensinamentos, Sehn foi criado por bárbaros, até o dia que seu caminho se cruza com a filha de um pirata e um garoto abandonado nas montanhas. Ambos, criados como irmãos, são perseguidos pelo Quinto Império para revelar um segredo que pode acabar com o mundo de Nordara.

O desenho original é do artista Marku djurdvejic, que atualmente trabalha para a Marvel. A espada é de outro artista, cujo nome esqueci e não consigo mais achar. (Todos direitos reservados a ambos, a imagem é somente para divulgação) Se você sabe de onde é a espada, me dá um toque!

Bizarrices

Estive com uma idéia martelando na cabeça desde o domingo por causa dessa imagem.
Meio viciado em steam que fiquei, comecei a pensar numa coisa bem interessante: como criar um cenário inovador, diferente, que atraia as pessoas para a minha idéia sem cair no clichê?
Reli o Baronato inteirinho, mudei partes, apaguei coisas que nunca mais vou escrever e me toquei de uma coisa: eu nada mais fazia do que imitar Final Fantasy 6, Liga Extraordinária, Júlio Verne, e Senhor dos anéis.

Pois é... como tantas obras steampunk por aí... e de fantasia, e romances em geral. Reli o blog inteiro, passei à vista cada pedacinho aqui postado e me toquei d eoutra coisa: tirando o post sobre a Equidna, recémm-criado, nada de novo existia no Baronado de Shoah (lê-se Shôa.

Comecei a pensar numa coisa então, que talvez possa revolucionar tudo que escrevi até aqui: e se o Baronato de Shoah se passasse numa Antiguidade Steampunk e não numa Era Vitoriana Steampunk? Se tivéssemos espartanos, troianos, monstros, heróis, e tirremes no lugar de piratas, cavalheiros, damas, e caravelas voadoras?

Se o steampunk é realmente "punk" como prega, então por que nos prendemos ao mesmo estilo desde seus criadores? porque não ousar mais ainda e sair do passado para ir ao mítico?

Confira a imgem que me deu a idéia e me diga:






Será que dá certo? Você consegue imaginar Perseu enfrentando uma Medusa de Aço e bronze? Ou um pégaso de metal: ou um Ícaro alucinado por vapor e carvão?

Eu sim...

Eqüidna - a mãe de todos os monstros




Na mitologia grega Eqüidina pariu os principais monstros das historias: Cerberus, Hidra, o Leão de Neméia, Ladon e uma penca de criaturas cujos nomes eu esqueci.

No Baronato é ela quem delimita os limites dos reinos humanos. Suas crias dominam as florestas e impedem que muitas cidades se comuniquem, tentando driblar esta situação, criaram-se os barcos voadores para transportar as pessoas.

Com o passar dos anos Eqüidna descobriu que podia criar monstros mais poderosos usando a mesma tecnologia dos homens: aço, vapor, e carvão. Mas, devido à sua mente doentia seus filhos adquiriram formas que lembram vagamente as monstruosidades mitológicas misturadas a um conceito bizarro steampunk.

O resultado são canos, engrenagens, aço, vigas, vapor, carvão, mutações de dois metros de altura, braços do tamanho de árvores, pés de cabra mecânicos, caudas de fios.. a lista é interminável.
Não há muita gente disposta a caçar os monstros por aí, exceto os Heróis.

Falarei deles em outro tópico.

As Quimeras de Nordara



Existem, basicamente, três tipos de Quimeras em Nordara, bastante diferentes entre si, mas que mantém um ponto em comum: todas são misturas entre seres diferentes, obrigados a conviver para o resto da vida.


A primeira Quimera é a mais clássica, o monstro com corpo de leão, cabeça de dragão e de bode, asas coriáceas, e cauda de serpente. Pipocando por aí, essas criaturas são verdadeiras pragas para viajantes, espertas,são capazes de elaborar pequenos planos para saciar sua fome.


A segunda costuma-se grafar como Kimera, e é uma das divisões das forças especiais do Quinto Império: soldados que recebem membros de criaturas fantásticas em seus corpos e ganham pequenas habilidades em troca. Há desde soldados com braço de dragão até guerreiros com pernas de bode, olhos de Medusa, e afins.


A Terceira Quimera é a mais impressionante de todas. São as chamadas 'Quimeras Espirituais".
Contam os sacardotes que pouco antes da concepção já existe uma alma destinada a ele. Geralmente, a Almah não erra, e envia só um espírito para um corpo.
Só que as vezes há um erro neste processo, e duas almas são enviadas a um mesmo corpo, durante os nove meses de gestação as almas começam a se fundir em uma só e acabam criando um terceiro indivíduo - que, paratodos os efeitos, é a pessoa em si.
É muito dificil identificar uma Quimera ESpiritual, ela não possui nenhum traço característico que a identifique como tal.
E porque elas são tão importantes? "Por nada" responde a maioria das pessoas, mas os Bruxos e SAcerdotes discordam.
Sabe-se que as forças mágicas de Nordara são canalizadas pela alma e só depois pelo corpo. Alguém que possua duas almas poderia canalizar estas forças com muito mais habilidade que uma pessoa normal.
Por isso, muitos Bruxos e Sacerdotes se especializaram em procurar crianças "quimeras" e iniciá-las desde cedo nas Artes, tendo como pupilo indivíduos extremamente poderosos.

Aleantrus Hadjakkis - cavaleiro steampunk




Toda vez que me deparo com essa imagem no pc, imagino um personagem do Baronato, algo trágico, misterioso, capaz de se sacrificar em nome de alguém que ama ou em algo que acredita.
Este CAvaleiro Steampunk dificilmente se forma, mas aos poucos "Aleantrus Hadjjakis" vai ganhando um histórico muito interessante para o Baronato. Eu já o coloquei no prelúdio, "Proscritos" e creio que ele terá uma grande influencia na história do livro, principalmente por causa de se filho, o protagonista 'Sehn Hadjakkis".

O que eu preciso, agora, é bolar uma maneira de escrever sobre cavaleiros steampunk misturando-os ao período Medieval e ao estilão sujo e carvonado do vapor.

Até agora, Aleantrus se apaixonou por uma fada, teve dois filhos, foi condenado ao "Cárcere da Perdição" onde sua alma é presa eternamente num fosso entre os mundos. Mas conseguiu salvar o filho Sehn de ter o mesmo destino.

Os Titãs




A capa do RPG "Reinos de Ferro" é uma das coisas que mais me inspira. Nunca vi uma aliança entre criatividade e bom gosto tão forte quanto desse pessoal. Não só neste livro mas em todo o cenário podemos ver uma série de distopias monstruosas, mas que fazem todo sentido naquele universo.
Fiquei imaginando aquela máquina atrás do casal, como um ser vivo e pensante, que, há anos atrás dominara o mundo.

Então me veio a idéia dos Titãs. Dá uma lida:

Muito antes dos grandes impérios, antes da humanidade dominar o vapor e o carvão, a Raça Antiga era suprema sobre Nordara. Criaturas de aço, bronze, ferro, prata, andavam pelo mundo, criando e descriando vida a seu bel prazer.
Os Titãs foram a primeira tentativa de vida. Máquinas gigantescas capazes de feitos maravilhosos e nenhuma compaixão. Eles nasciam de si mesmos, criados a partir da forja.


Sem forma definida, monstruosidades do tamanho de montanhas, trens, casas, os Titãs nuca seriam derubados de seu Império. Nunca haveria espaço para outras criaturas, mais fracas,d e carne e osso e alma.

Até que a criança nasceu.

Um ser de carne, pequeno, insignificante, menor que um sonho. Vindo não se sabe de onde, e que chorava. Os Titãs, nunca tendo visto tal criatura, apelidaram-na "humano", porque se parecia com "humus" a terra.
Ele cresceu, apesar das adversidades e do medo, e se tornou o primeiro humano. De todos os titãs, haviam sobrado apenas setenta. Todos os outros tinham sido destruídos pelo tempo e por guerras tolas.
Num plano extremamente audaz, o pequeno Shoah reuniu a terra que tanto amava e modelou outros como ele. Convencendo os Titãs de que os humanos poderiam ser úteis fez com que cada um presenteasse sua criação.
Vieram almas, olhos, cérebros, fogo, vapor, e carvão.
E também veio a capacidade humana para a guerra.

A história se perde neste momento, mas o que se sabe é que os doze primeiros humanos elaboraram um plano tão absurdo para prender os Titãs que nem as próprias criaturas perceberam o que tinha acontecido. Aos poucos, cada um deles foi aprisionado em uma torre e esquecido lá para sempre.
Por fim, Shoah derrotou o pai de todos os Titãs, e o aprisionou num obelisco negro. Esgotado, Shoah se deitou e dormiu para sempre, decretando o fim da Era dos Titãs.
Onde o primeiro humano morreu foi erigido um majestoso templo, com sessenta e nove torres e um obelisco. Uma religião foi criada e a partir deste ponto as dezenas de raças de Nordara se espalharam pelo mundo.
Ainda hoje teme-se que os Titãs despertem e espalhem seu reinado sobre Nordara novamente. Apesar da tecnologia ter alcançado níveis fantásticos, ninguém mais conhece o ritual capaz de encarcerar estas criaturas novamente, e teme-se que nem todas as forças do mundo juntas seriam capazes de deter o primeiro Titã.
É por isso que as pessoas rezam aos pés da árvore de folhas douradas.
Para impedir que as máquinas voltem.
O "Tenakh", livro deixado por Shoah para seus pupilos, possui descrições destas monstruosidades e de como os primeiros humanos os derrotaram. Infelizmente, os únicos que têm acesso a suas páginas são os Sacerdotes de Shoah.

Vilanias - Eleniak Amhran

Andei pensado muito no vilão do Baronato de Shoah. Acima de um "Império Maligno" eu precisava de alguém com vontade de lutar, que tivesse um passado e uma história convincentes o suficiente para desafiar os "heróis". Aí vi essa imagem na internet e me empolguei (eu, infelizmente, não anotei o nome do autor, mas é um esboço do Sephiroth de Final Fantasy 7)

Eleniak Amhran é o filho mais novo da família Amhran, seguindo os passos do irmão que sempre amou e admirou, Kale Amhran, entrou para as Forças Armadas e serviu com extrema fé.
De pupilo passou a mestre, Eleniak tornou-se Sargente mais ou menos na mesma época que o irmão voltou do treinamento dos nephelins.
Até que, quatro meses depois, seu irmão é enviado para interceptar uma Caravela pirata chamada Beatrix: segundo as ordens, eles deviam capturar sua preciosa e misteriosa carga, além de quaisquer tripulantes que demonstrassem habilidades especiais.
Não foi para surpres de Kale quando ele se viu frente-a-frente com uma Quimera Renegada (será explicado em breve o que é uma quimera) e um bruxo.
Num combate selvagem, Kale acabou caindo da caravela abraçado a um dos piratas, mesmo tentando se prender às cordas que balançavam aos eu redor, ele não teve chance e morreu. Para surpresa geral, o corpo do pirata nunca foi encontrado.
Ao receber a notícia da morte de seu irmão, Eleniak quase enlouqueceu. Tomado pela dor e pela ira empenhou-se numa vingança pessoal contra o Beatrix e seus tripulantes.

Uma vingança que o tornará muito mais que um soldado, e o fará destruir tudo aquilo que amava em busca de poder para concretizar sua vontade.

Primeiro livro nacional de contos com temática Steampunk chega às livrarias

Observando esse mercado emergente e a carência
de obras na linha, a Tarja Editorial lançou o livro “Steampunk – Histórias de
Um Passado Extraordinário”, trazendo 9 autores com contos inusitados e muito
criativos dentro da narrativa Steampunk.

O movimento literário Steampunk nasceu no final da década de 80, início da
década de 90, nos Estados Unidos, sendo criado como um subgênero do CyberPunk.
A idéia do Steampunk é utilizar o conceito dos grandes avanços tecnológicos e da
degradação social que o acompanha,ambientando as estórias na Era Vitoriana
(século XIX). A Revolução Industrial, as crises internacionais e o desenvolvimento
de tecnologias como o vapor – steam em inglês –, o motor a explosão, a corrida
pelo domínio dos céus e os primeiros passos no uso da eletricidade, abriram
uma gama de possibilidades para trabalhar personagens reais e literários, recriando a História como algo novo.
“Pouco foi lançado no Brasil dentro desse gênero. Praticamente tudo o que se
vê nas prateleiras das livrarias é material de autores estrangeiros. Essa obra é a
primeira com conteúdo nacional a ser lançada implicitamente dentro do
gênero”, afirma Gianpaolo Celli, autor e organizador do livro.



Gianpaolo Celli trouxe uma história clássica, com referências históricas reais
misturadas com ação e intrigas, envolvendo sociedades secretas e o prelúdio do
que se tornou a guerra Franco-Prussiana. Fábio Fernandes apresentou uma
adaptação primorosa do complexo de Frankenstein, com uma visão fascinante de
um futuro onde a sociedade divide seu espaço com a maquinidade. Antônio Luiz
rompe as amarras do metal, trabalhando avanços em outra área de estudo, com
ambições até mesmo maiores e mais perigosas: a medicina. Alexandre Lancaster
cedeu uma narrativa com ares de ficção científica, onde a ciência aponta que
somente pode ser vista com simpatia se for inofensiva, caso contrário, torna-se
uma maldição. Roberto Causo transporta o leitor para uma viagem repleta de
escaramuças pelas selvas de nosso país, mas não entre as árvores, mas acima delas,
mostrando Santos Dummont de uma forma inusitada. Claudio Villa arremessa o
leitor para o mar, singrando suas águas acima e abaixo, em busca de um tesouro
que leva o leitor aos ares do terror lovecraftiano. Jacques Barcia nos dá um conto
“estranho”, unindo o drama da guerra, máquinas quase humanas e seres
inacreditáveis da mitologia em um caldo que realmente proporciona uma nova
criação. Romeu Martins transporta o leitor para um ambiente de faroeste a
brasileira, com o clima típico desse estilo de folhetim, mas com heróis e bandidos
extremamente vaporosos. E Flávio Medeiros encerra as páginas da obra com chave
de ouro, mostrando os clássicos dirigíveis e submergíveis em um drama de honra
que certamente agrada muito aos apreciadores do gênero.

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Os autores que participam deste livro são: Alexandre Lancaster, Antonio Luiz
M. C. Costa, Claudio Villa, Flávio Medeiros, Fábio Fernandes, Gianpaolo Celli,
Jacques Barcia, Roberto de Sousa Causo e Romeu Martins.

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A Editora: A Tarja Editorial é a maior editora exclusiva de Ficção Brasileira, e
neste ano lançará seis novos títulos dentro dessa linha, apostando em novos
nomes da literatura fantástica brasileira. O livro pode ser encontrado em prévenda,
no site da Tarja Livros (www.tarjalivros.com.br) e nas maiores livrarias
físicas à partir do lançamento. Encomendas para livreiros podem ser realizadas
diretamente com a distribuidora Leitura Dinâmica no telefone (11) 2195-3663.
Lançamento: 25 e 26 de julho, das 11 às 19 horas.
O livro será lançado durante a “Fantasticon 2009 – III Simpósio de Literatura Fantástica” que
ocorrerá na Biblioteca Temática de Literatura Fantástica Viriato Corrêa, na Rua Sena
Madureira, 298 – Vila Mariana – São Paulo – SP.
C o n t a t o s (imagens, textos e entrevistas):
T a r j a E d i t o r i a l
imprensa@tarjaeditorial.com.br
contato do organizador: Richard Diegues – 11 9547-2520

Periodicidade

Não espere que este blog sejá periódico, na verdade só posto nele quando há coisas novas e que me empolgaram. Talvez por isso o Blog da Nexus tenha muito mais frequencia.

Os Nephelins

Como dito anteriormente, Lamelain é o mundo entre os mundos. Um espaço desértico que abriga as almas que não conseguem ser julgadas. Muitos Clérigos afirmam que o apego excessivo à vida e às memórias são responsáveis por esta "prisão".

As sociedades formadas no deserto acabaram criando uma cultura própria, permeada por altas doses de "Arkhé" a força mística que cerca o deserto. Esta força pode ser traduzida, na língua comum, por "valor" ou "habilidade" e está ligada ao poder que a sociedade possui como um todo: quanto mais moradores, maior a Arkhé.

Com o passar dos anos, os moradores de Lamelain aprenderam a manusear sua Arkhé para dobrar a Realidade. A tecnologia desenvolvida por eles é muito atrasada com relação aos povos de Nordara, entretanto seu poder mágico é impressionante.
Quando já se achava que os nephelins tinham conquistado tudo em seu mundo, percebeu-se que eles podiam transitar entre as finas camadas que separam os universos e os planos de existência, sendo assim, muitos deles resolveram voltar para o mundo dos vivos. E, tal como os povos de Almah e Hellas, eles vinham na forma de crianças, eram gerados nos ventres femininos, e recebiam um novo corpo.

Aí está o problema: toda criatura que morre abandona seu corpo físico, e, sempre que deseja voltar para Nordara recebe um novo corpo. A mesma coisa acontecia com os nephelins, eles rencarnavam.

Mas, ao contrário daqueles espíritos que vinham de Almah e Hellas, os nephelins não se esqueciam de suas vidas passadas, acumulavam conhecimento de reencarnações passadas infinitamente, o que os prendia cada vez mais à Lamelain e à sociedade em que viviam. Cada vez mais poderosos, começaram a travar guerras entre si, juntando poder no deserto para digladiarem-se numa feroz batalha de imortais.

A guerra acabou tomando Nordara, os nephelins que nasciam foram alistados pelos exércitos para servirem de guias para seus soldados. Quem melhor se aproveitou da situação foi o Quinto Império: ao criar os Magister Bellorum, nephelins que comandavam Confrarias, logo acima dos Potestae.

Mas havia um problemas com estas almas eternas. Eles herdavam traços de cada uma de suas encarnações, suas almas eram tão poderosas que não conseguiam se desvencilhar do passado: assim nasceram humanos com asas, caudas, chifres, cabeça de elefante, orelhas de burro, dorso de cavalo.
Ao voltarem para Lamelain, os nephelins CONTINUAVAM com estas formas, prendendo-se eternamente neste ciclo. Qunado mais velho é a criatura, mais difícil é enviá-la para Almah ou Hellas.

O que os sacerdotes de Shoah mais temem é que um dia os nephelins se revoltem e decidam invadir de vez Nordara OU começar uma guerra em seu mundo - Lamelain. Não se sabe as consequências que uma guerra no mundo espiritual teria, mas acredita-se que ela afetaria não somente o mundo dos vivos, mas todas as realidades que a cercam.

Por enquanto, os nephelins contenta-se em liderar Confrarias; com a mesma frieza que um jogador move suas peças no tabuleiro de xadrez.

O Limiar

Diz o Tenakh, o livro sagrado, que o Limiar é a fronteira entre o mundo dos vivos e dos abençoados.
O Livro de Shoah, o Tenakh, possui informações sobre todo plano espiritual que cerca o mundo de Nordara. Nele está a crença no "Eco" (a influência que outros mundos, já extintos, exercem em mundos recém-criados), a Metempsychosis - transfiguração da alma em outros corpos (os fiéis de Shoah acreditam que a alma é imortal e obedece ciclos de mortes e renascimentos, e as divisões dos planos espirituais.
Dentre estes mundos, o Limiar é o mais temido.
De acordo com o TEnakh, o Limiar é um mundo entre mundos; um reflexo de Nordara onde não há nada além do vazio distante e frio. Ali as almas aguardam seu julgamento, feito pelos Arcontes: este julgamento dirá para onde a alma deve ir.

É aqui que a coisa complica.

Existem três lugares que podem abrigar as almas, cada um com características próprias e assustadoras.

Almah: é o ponto mais neutro da Existência, ali a alma (sem H) será absorvida pelo "espírito" do mundo, onde passará por uma espécie de puruficação e retornará sem lembrança alguma ao mundo dos vivos. Todo e qualquer conhecimento que a alma tinha até o momento, fará parte da Almah de Nordara.


Hellas: é a destruição, o caos, o fim. Aqui a alma não é absorvida, mas sim, destruída por forças primordiais. O poder liberado nesta transição é utilizado para criar novas almas.

Lamelain: o temido deserto. Lamelain fica entre os dois mundo, veio do futuro como um "eco" que ainda vai nascer e se tornou o equilíbrio entre a Almah e Hellas. Nele, as almas caminha eternamente até encontrarem uma saída. Só que ninguém sabe exatamente como sair de lá. Alguns dizem que há sociedades de almas em Lamelain, que desistiram de sair e se conformaram com a situação.
Ao sair de Lamelain, a alma é encaminhada a um dos outros dois mundos.