Como dito anteriormente, Lamelain é o mundo entre os mundos. Um espaço desértico que abriga as almas que não conseguem ser julgadas. Muitos Clérigos afirmam que o apego excessivo à vida e às memórias são responsáveis por esta "prisão".
As sociedades formadas no deserto acabaram criando uma cultura própria, permeada por altas doses de "Arkhé" a força mística que cerca o deserto. Esta força pode ser traduzida, na língua comum, por "valor" ou "habilidade" e está ligada ao poder que a sociedade possui como um todo: quanto mais moradores, maior a Arkhé.
Com o passar dos anos, os moradores de Lamelain aprenderam a manusear sua Arkhé para dobrar a Realidade. A tecnologia desenvolvida por eles é muito atrasada com relação aos povos de Nordara, entretanto seu poder mágico é impressionante.
Quando já se achava que os nephelins tinham conquistado tudo em seu mundo, percebeu-se que eles podiam transitar entre as finas camadas que separam os universos e os planos de existência, sendo assim, muitos deles resolveram voltar para o mundo dos vivos. E, tal como os povos de Almah e Hellas, eles vinham na forma de crianças, eram gerados nos ventres femininos, e recebiam um novo corpo.
Aí está o problema: toda criatura que morre abandona seu corpo físico, e, sempre que deseja voltar para Nordara recebe um novo corpo. A mesma coisa acontecia com os nephelins, eles rencarnavam.
Mas, ao contrário daqueles espíritos que vinham de Almah e Hellas, os nephelins não se esqueciam de suas vidas passadas, acumulavam conhecimento de reencarnações passadas infinitamente, o que os prendia cada vez mais à Lamelain e à sociedade em que viviam. Cada vez mais poderosos, começaram a travar guerras entre si, juntando poder no deserto para digladiarem-se numa feroz batalha de imortais.
A guerra acabou tomando Nordara, os nephelins que nasciam foram alistados pelos exércitos para servirem de guias para seus soldados. Quem melhor se aproveitou da situação foi o Quinto Império: ao criar os Magister Bellorum, nephelins que comandavam Confrarias, logo acima dos Potestae.
Mas havia um problemas com estas almas eternas. Eles herdavam traços de cada uma de suas encarnações, suas almas eram tão poderosas que não conseguiam se desvencilhar do passado: assim nasceram humanos com asas, caudas, chifres, cabeça de elefante, orelhas de burro, dorso de cavalo.
Ao voltarem para Lamelain, os nephelins CONTINUAVAM com estas formas, prendendo-se eternamente neste ciclo. Qunado mais velho é a criatura, mais difícil é enviá-la para Almah ou Hellas.
O que os sacerdotes de Shoah mais temem é que um dia os nephelins se revoltem e decidam invadir de vez Nordara OU começar uma guerra em seu mundo - Lamelain. Não se sabe as consequências que uma guerra no mundo espiritual teria, mas acredita-se que ela afetaria não somente o mundo dos vivos, mas todas as realidades que a cercam.
Por enquanto, os nephelins contenta-se em liderar Confrarias; com a mesma frieza que um jogador move suas peças no tabuleiro de xadrez.
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