A Corrente - resenha

Por algum motivo nunca fui fã do gênero literário de horror / terror. Não sei, acho que é influência do cinema ou da televisão, pois, por diversos motivos, não acredito em inimigos invencíveis.
É isso que mais me irrita neste gênero: os adversários são criaturas poderosas que matam todo mundo e são destruídos pelo herói, mas voltam dos mortos na última cena antes ou depois dos créditos. Mesmo que não sejam monstros, mas psicopatas humanos, eles sempre arranjam um jeito de voltar.
Confesso que comecei a ler "A Corrente" do Estevão Ribeiro com algum preconceito, sabendo o que viria pela frente. Mas, por sorte e habilidade do escritor, fui surpreendido em vários pontos. E acabei devorando o livro em 2 dias!
A Corrente conta a história de Roberto Morate, um hacker, que aplica golpes em vítimas incautas para conseguir dinheiro. Até que um dia recebe a mensagem de uma garota chamada Bruna - ele deve repassar o e-mail para sete pessoas ou sofrerá as consequências!
Não acreditando, ele repassa o tal e-mail. Então, uma série de assassinatos começam a acontecer ao seu redor.
Em uma terrível corrida contra o tempo, Roberto tem que salvar a vida daqueles que o cercam e impedir Bruna de cometer uma chacina. Como uma força da natureza, o pequeno espírito atormentado destrói tudo aquilo que o hacker mais ama.
Aí, meu amigo, só lendo o livro para saber como as coisas se resolvem.
O que mais chama a atenção é a linguagem: simples, rápida, certeira. O texto não fica te enrolando com palavras difíceis ou artimanhas literárias inúteis. Ele vai direto ao ponto (como a Bruna, heh). Pode haver um deslize ou outro, mas nada que desagrade o leitor comum.
O enredo é bem simples, com personagens cativantes e ligados entre si por pequenos detalhes, como amizade, ex-namoro ou sendo frequentadores de um mesmo ambiente. Ao decorrer da história você vai percebendo as ligações entre eles e as relações que deixaram para trás.
Em resumo, A Corrente é mais um ponto positivo na literatura brasileira que vem se mostrando cada vez mais forte e disputando de igual para igual espaço com autores estrangeiros.
Nem preciso falar da capa, né?

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