Responsabilidades de escritor e de editor

Começamos uma discussão na comunidade do Orkut Escritores de Fantasia sobre editoras, autores, livros-pagos, livros de graça, demanda e afins. No meio de todas essas discussões, uma de nossas amigas ( A Marina) fez o seguinte comentário

"O mercado de autores não deve ser tão bom, ou os editores dariam mais valor às obras originais. Talvez seja falta não de qualidade, mas de um autor que venda seu peixe, e que não ache que a editora está aí apenas para fazer-lhe um favor.".

Achei bem interessante a posição da colega. Entretanto, do outro lado da balança, tínhamos o editor-assistente da Editora Jambô (que, não escondo de ninguém, acho uma das editoras mais fabulosas do Brasil).

O comentário dele vale mais para você, autor. Dá uma lida nisso antes de sair por aí jogando seus escritos na cara das editoras. Pra mim caiu como uma luva, dei MUITA mancada quando comecei a escrever.

Só um pequeno adendo, Marina:

"O mercado de autores não deve ser tão bom, ou os editores dariam mais valor às obras originais. Talvez seja falta não de qualidade, mas de um autor que venda seu peixe, e que não ache que a editora está aí apenas para fazer-lhe um favor.".

"Os autores nacionais são bons, sim. Não devem nada para escritores de fora. E os editores costumam ser profissionais sérios e honestos (ou deveriam), mas fica difícil ser atensioso com um original que parece um rolo de papel higiênico, ou um caderno escolar do primário. O detalhe me parece ser o posicionamento de autores (gerlamente iniciantes) perante editoras."



"Explico minha opinião: editores têm suas PRO's - Política de recebimento de originais. Partindo disso, entende-se que autores que submetam suas obras para análise devam seguir essa PRO no ato de envio de originais. O que acontece na prática? Boa parte do material que editoras recebem qualquer alguma coisa... Menos a PRO. Além disso existe um outro problema crônico: existem pessoas que não conseguem estabelecer para si que uma publicação é uma relação trabalhista. Um contrato de edição é uma espécie de contrato de trabalho, onde uma empresa compra os direitos de propriedade intelectual de um artista por certo tempo. Nada além disso. Por essas e outras questões que existe o tal preconceito contra a classe artística por aí. Os artistas, muitas vezes, não se fazem respeitar."

O comentário do Thiago Lobo, a meu ver, só reforça o da Marina. Enfim, autores, se valorizem, façam com que seus livros sejam PRODUTOS, Editoras não são ONGS, são empresas. Para apresentar sua obra a uma editora,s ejá responsável, profissional e adulto.

Acho que é isso.

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