Tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei. Pra você correr macio...
Rubem Alves escreveu certa crônica que me fez pensar bastante no tempo e de como ele afeta nossa passagem pelo planeta. Revelou o escritor que a maneira como olhamos para o tempo é distorcida, faça as contas e veja quantos anos você tem, contou? Muito bem, qual é o resultado?
Lamento dizer que você está errado(a). Você não tem o que acha ter. Nasci no dia 19 de fevereiro do já distante ano de 1983. Entretanto não tenho 27 anos, pois esse tempo a vida (ou a morte) já tirou de mim. É portanto um tempo de que não mais disponho. O ideal, na visão atenta de Alves seria dizermos que não temos mais tal idade, o que parece válido. Imaginemos que todas as pessoas morressem com a idade padrão de cem anos. O sujeito pergunta ao outro ‘quantos anos você tem?’ e o outro responde ‘tenho trinta anos’, ou seja, tem trinta anos [pela frente] o que significa que já viveu setenta. Nos aniversários, seria o caso de dizer ‘desfiz tantos anos’ já que na verdade o tempo nos desconstrói no decorrer da existência. Nascer é começar a morrer.
Tudo isso para dizer a vocês que na última sexta-feira desfiz 27 anos.
O czar Aleksander II assinou, naquele dia, uma "generosa" proclamação para ser executada com a maior rapidez. Ela se referia à libertação de 20 milhões de servos ("escravos virtuais") do território russo. A proclamação dessa ordem libertária foi aplaudida e recebida com alegria, até que se soube que ela estava amarrada a algumas exigências. Entre elas, estava uma condição: para que a terra fosse concedida aos novos homens livres, eles deveriam pagar uma "taxa de redenção" para o governo e uma outra taxa para seus antigos senhores.
Poucos, pouquíssimos tiveram condição de cumprir a exigência.
Isto em 1861, em 19 de fevereiro.
Para quem deu algum crédito nessas linhas, leiam Desfiz 75 anos, de Rubem Alves.
Tempo amigo, seja legal, conto contigo.
Para encerrar, confiram a dica quentíssima desta semana, diretamente do site do ministério das relações exteriores: Não viaje para o Irã com vistos ou carimbos de Israel em seu passaporte. Certifique-se que não há vistos ou carimbos de autoridades israelenses em seu passaporte. A República Islâmica do Irã não reconhece legalmente o Estado de Israel. Antes de solicitar visto ou viajar para o Irã, certifique-se que não há vistos ou carimbos de autoridades israelenses em seu passaporte. Caso contrário, sua solicitação de visto, ou até mesmo sua entrada no território iraniano, poderão ser negadas.
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