Diálogo com a consciência (parte 2)

-Olhe, vamos devagar, está chegando a hora. Quero ter tempo de pensar matematicamente antes de qualquer coisa, não quero que nada dê errado.
-E não dará! É assim que se fala campeão!

(durante o combate)

-Foi dada a largada. (Nelson Rodrigues está no camarote)
-Vamos! Vamos! Vamos!
-O que está esperando? Já!
-Não sei se devo.
-Como assim não sabe? Deixa isso pra lá! Vamos!?
-É nesse momento que gosto de rever minhas posições.
-É nesse momento que você se acovarda!
(triste)
-Não fale assim comigo!
-Eu falo! Pra você aprender.
-Eu preciso disso? (engole o choro mais uma vez)
-Não, eu é que preciso! Não vê o que está fazendo consigo mesmo? Não vê o quão prejudicial é para si mesmo? Por que você não pode ser uma pessoa normal?
-A normalidade é uma convenção imposta!
-Não enrole! Quero ver você se lamentando depois, já estou até vendo...
-Não me provoque.
-O quê você vai fazer? Me desafiar? Eu bem que gostaria.
-Você não gosta de nada!
-Olha quem está falando.
-Você foi a pior coisa que inventaram.
-Mas você não vive sem mim não é mesmo?
-Olha lá! De novo! Essa foi pra você.
-Hum... você me distraiu. A próxima eu não deixo barato.
-Excelente! Gostei de ver. Capricha cara!

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