Livro é como Vinho

Um livro nunca é publicado da maneira que foi escrito.

Não adianta mandar seu calhamaço revolucionário de 700 páginas para a editora e acreditar que eles o publicarão sem revisão alguma. Na pior das hipóteses a editora vai opinar sobre a gramática, e te publicar. Sem revisão, sem dar opinião, sem nada.

Desconfie. Uma editora que não te dê a mínima atenção está querendo algo em troca, geralmente seu dinheiro. E, sejamos sinceros, o escritor é contratado pela editora, é ele quem deve receber, não o contrário.

Quando você termina um livro precisa sentar e se acalmar. A melhor coisa a fazer, na verdade, é esquecê-lo. Isso aí, engavete a porcaria que você escreveu e o esqueça por uns dois meses. Até lá escreva contos, mantenha um blog ou twitter, procure outros projetos, escreva outra coisa.

Livro é como vinho, tem que amadurecer para melhorar. Depois de repousar por um bom tempo você volta a ele e percebe as besteiras que escreveu. Queima páginas, mata personagens, vê que alguns deles eram coadjuvantes tratados com carinho excessivo.

É por esta fase que estou passando agora.

O Baronato passou por uma revisão bem diferente, feita de maneira profissional e com o objetivo de criticar a obra ao máximo. Este tipo de crítica é feito para encontrar erros dentro da obra, ou para evitar críticas muito mais severas futuramente.

Logicamente, essa dureza toda causa certo desconforto (pra ser sincero, dá vontade de mandar o beta ir para aquele lugar, tomar suco de laranja com acerola). Mas é necessário para dar aos leitores um livro que vale a pena ser lido.

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