Soneto do Canalha Infiel

Boemia é uma festa que se participa sem se ver

É balada que dura e não se sente

É um ecstasy descontente

É o busão que passa sem ninguém perceber

Quero freqüentá-lo em cada bão momento

E em bombeirinho hei de me espalhar num canto

E beber meu vinho tropeçar no ranço

E a ti não chifrar, em meu tormento

Ah, e quanto mais tarde no bar me procure

Da lei do psiu, angústia de quem bebe

Cirrose, angústia de quem morre

Eu possa dizer dos amigos que tive no posto,

que sejam eternos

Enquanto bebam

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