Considerações finais

Muito obrigado a todos que acompanharam as bem aventuradas linhas deste blog. Contamos com vocês em 2010. Continuem se comunicando e enviando seus comentários, dúvidas, sugestões e reclamações. Obrigado pelo apoio! Feliz ano novo!

Considerações quase finais

Espero que a correria de fim de ano seja aceita como justificativa deste humilde escrevente aos nobres leitores deste espaço. Como alguns já devem saber, estou trabalhando num shopping e, apesar de ter começado em 30 de novembro, creio que já vou tirar um décimo terceiro só de horas-extras! Com o consumismo desenfreado, tenho passado facilmente das dez horas diárias de trabalho, e sem folga! Reforço aqui meu pedido aos leitores: doem sangue. Eu vou na segunda, no Pérola Byington, até para isso não estava dando tempo. Continuarei escrevendo sobre minhas impressões a respeito do capitalismo, o trabalho está me permitindo fazer observações interessantíssimas. Dica de filme: Ladrões de Bicicleta, assisti antes de ontem e me emocionei mais uma vez com a bravura e também o desespero do pobre Ricci e seu pequeno e amoroso filho Bruno. A China não para de copiar o ocidente e fez também a sua versão sobre as mazelas urbanas sobre duas rodas: "Bicicletas de Pequim" também é um bom filme, mas sinto muito, fico com a primeira versão (1948) do italiano Vitorio de Sicca. PS: não tenho a menor ideia de como vai ser meu réveillon, infelizmente desta vez não vou correr a São Silvestre pois meu ano foi muito turbulento, passei por três empregos, arrumei uma namorada que me deu mais dor de cabeça do que eu imaginava que uma mulher fosse capaz e tranquei a faculdade. Não consegui me dedicar aos treinos regulares. O certo é que há 101% de chances de eu estar trabalhando até as 18h. Um braço, digo, um abraço.

Metamorfose - a fúria dos lobisomens!


Data: 19/12/09

Horário: a partir das 18h30

Local: Bardo Batata - Gastronomia e Cultura.

Rua Bela Cintra, 1333, Jardins, S. Paulo/SP

Site do Bardo Batata: http://www.bardobatata.com.br

Organizador: Ademir Pascale (Invasão e Draculea: O livro Secreto dos Vampiros)

Autores convidados: Marco Bourguignon (Editor da Scarium) e Adriano Siqueira (Amor Vampiro)

Prefácio: J.Modesto (Trevas e Anhangá: A Fúria do Demônio)

Editora: All Print

Com presença confirmada de vários autores: Ademir Pascale, J. Modesto (prefaciador) Elenir Alves, Adriano Siqueira, Almir Pascale, Armin Daniel Reichert, Luciana Fátima, Larissa Caruso, Dione Mara Souto da Rosa, Frank Bacurau, Maurício Montenegro, Jorge Ribeiro, André Paim, André Bozzeto Junior, Pedro Moreno, Lino França Jr., Raphael O Lord, Mariana Albuquerque, Leonardo A. Ragacini e outros.

COMPAREÇA E PEGUE O SEU AUTÓGRAFO.

Cards e marcadores de páginas gratuitos no lançamento.

Link do mapa para chegar até o local (copie o link e cole em seu navegador):

http://ruas.guiamais.com.br/index.php?controller=guiaderuas&init=map&address=BR|SP|SAO PAULO|Rua Bela Cintra| 1333|-23.557880235294117|-46.66337976470588&zoom=1

O livro estará sendo vendido no lançamento por R$ 30,00, nas livrarias estará saindo por R$ 32,00.

Neste Natal, dê um monstro de presente:

Pré-venda com Ademir Pascale (R$ 30,00, frete incluso), envie um e-mail para ademir@cranik.com

Aguardo você lá.

Um forte abraço,

*´¨)
¸.·´¸.·*´¨) ¸.·*¨)
(¸.·´ (¸.·` *Ademir Pascale
Editor
http://www.cranik.com , http://www.divulgalivros.org , http://www.oentrevistador.com.br e http://www.literaturafantastica.com.br

e-mail: ademir@cranik.com

Equipe Cranik:
http://www.cranik.com/equipe_cranik.html

"A mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu tamanho original" Albert Einstein


O Dragão de Shoah

Não, este não é o título da continuação do Baronato. Apesar de termos um dragão "stea.punk" no livro.

Lembram que eu procurava uma editora para o Baronato? Pois é, achei mais rápido do que imaginava. Depois de uma longa conversa com o Erick, da Editora Draco, firmamos uma parceria/contrato e demos por encerrada a questão "quem leva o barão?"

Agora começamos a parte "chata" da escrita. Revisar, apontar incongruências, tirar ou substituir partes. Enfim, dar uma melhorada no texto para que você, leitor, possa usufruir ao máximo desta obra.


Já começamos a ver o processo de divulgação e as promoções para o lançamento!

Uma ideia brilhante

Mas será o Benedito? Aquilo não acabava mais! Raios duplos! Quanta chateação...
Olhou para o lado mas a distração era rápida para não perder nem mais uma palavra. E já tinha perdido várias. Saco! Ela não para mais? Deixe estar.
A ideia inicial era um ditado. Deus castigue os ditadores. Eles não querem saber de você e te atropelam. Aqueles que se saem bem no ditado acabam arranjando um empreguinho de taquígrafo na prefeitura, ou com sorte vira escrivão em algum cartório imundo do interior.
E lá veio outra nota baixa quentinha saindo para o Pedrinho. Apesar disso era um menino inteligente mas aquela múmia de professora não tinha sensibilidade.
Durante a aula teve uma dúvida:
-Professora, por que o queijo suíço tem furinhos?
-Não sei menino! Não gosto de queijo e muito menos da Suíça.
-Se o caranguejo só anda de lado, como ele faz para ir pra frente?
-E eu é que vou saber? Que pergunta!
-Professora...
-Pedrinho, agora é a minha vez de fazer-lhe perguntas, por que não está fazendo a lição?
-Mas estou professora.
-Não estou vendo.
-É porque agora estou conversando com a senhora.
-Você não me engana. Já para lousa!
-Por quê?
-Porque eu quero!
-O que a senhora quer?
-Quero que estude.
-Por quê?
-Pra conseguir um emprego, se sustentar etc.
-Etc também?
-Chega Pedrinho! Que impertinência!
-Professora... Diz o menino sem jeito.
-Eu queria saber o que é etc...
-Etc significa muitas coisas, Pedrinho.
-Uma multidão pode ser etc professora?
-Quanta petulância Pedrinho! Não!
-Mas etc não é um monte de coisas?
-Não chateia Pedro...
E mandou a classe se preparar porque ainda naquele mês haveria mais um ditado, surpresa desta vez. O que irritava na professora era sua mente lunática e a ilusão de que todos eram rápidos como ela, magina! Mal dava tempo de respirar ou piscar os olhos. Pedrinho esforçado que era, pediu ajuda ao irmão mais velho para se preparar para o grande dia. Sempre atencioso, anotava as dúvidas e ia pedir explicações ao dicionário que tinha em casa. Memorizava com mais facilidade justamente as palavras cujos significados desconhecia. Usava um grande dicionário em seus estudos (diários).
Muitos dias depois quando nada acontecia e Pedro já até se esquecera das lições a professora informa:
-Ditado.
Em princípio teve medo, pensou em simular uma dor de barriga crônica, um desmaio, qualquer coisa para fugir do que estava por vir.
Não teve jeito.
Aos primeiros sons proferidos pela professora para serem imediatamente transcritos pelos alunos, que mais se assemelhavam à harpa do inferno, Pedro temia o branco, que poderia vir a qualquer momento. Podia ter um troço, um infarto fulminante tamanha era a pressão. Teve uma brilhante ideia e resolveu pô-la em prática antes que a esquecesse. Pouco a pouco a megera notava um sorriso que timidamente crescia no rosto do menino. Ela gostava de ditar palavras para testar a concentração dos alunos, na verdade não suportava barulho. Ao corrigir as lições à noite após a novela e bebendo café velho, leu a prova do menino, onde lia-se: carro, chato, gato, mato, rato, roça, viço etc...

Terminei o Baronato de Shoah e agora?

Terminei o Baronato ontem a noite, umas 11:30 da noite. Claro, falta revisar os dois últimos capítulos e corrigir alguns absurdos.
fiquei feliz em conseguir escrever um embate entre um dragão-steam, uma caravela-mecha e um robô gigante como "combate final" do livro, ao lado do duelo do mocinho e do bandido.

Agora vem a parte mais complicada, conseguir uma editora que aposte nesta história. Sabe, escrever é legal e tudo, mas eu vim até aqui para ser publicado e viver da escrita. Tá aí um ponto pra pensar: quando você escreve o que você procura?

Você quer ser um escritor? Mesmo não sendo famoso?
Quer escrever um best-seller e depois desaparecer? Ou prefere escrever vários livros menores e estar sempre aí? Ou melhor, SEMPRE vender muito?

Lembre-se, quando você apresenta seu livro para uma editora você está vendendo um produto. Literatura é arte? É sim, e arte tem valor, meu amigo. Ou você acha que eles vão te dar a Monalisa por que o Da Vinci "fez pela arte"?

Apresentar um livro a uma editora é um trabalho árduo, deve ser feito como uma entrevista. Você coloca sua melhor roupa, arma seu currículo e vai atrás. Adote uma postura profissional ao entrar em contato com uma empresa, afinal, o que você está oferencedo é fruto de sacrifício e luta, não é?

Fica aí a dica rápida para os leitores.
Torçam por mim!

- ps - ainda não sei que fim leva este blog. Acho que ele continua no mesmo formato, alternando dicas, releases, resenhas e o Baronato. O que vocês acham?

Editora Draco - Xochiquetzal - uma princesa asteca entre os incas -


O primeiro romance de Gerson Lodi-Ribeiro, o maior nome do gênero de História Alternativa no Brasil, com contos e noveletas publicados internacionalmente, Xochiquetzal – uma princesa asteca entre os incas é uma leitura fascinante para fãs de ficção especulativa ou para aqueles que procuram saborear uma nova e agradável experiência literária nacional.
“E se os portugueses tivessem acreditado em Colombo, descoberto a América e se aliado às civilizações que aqui floresciam?”
É desse ponto de partida – ou seria ponto de divergência? – que se desenvolve a história contada por Xochiquetzal, princesa dos astecas e filha d’algo entre os portugueses.
Casada com um dos maiores navegantes do Reino, o almirante Vasco da Gama, acompanha-o em suas viagens às terras distantes d’Além Mar. Com seu ponto de vista entre o irônico e o terno sobre a relação entre Portugal e as terras do novo continente, chamado de Cabrália, ela nos conduz em um admirável mundo novo – tanto para ela quanto para nós – em que portugueses e cabralianos se uniram para singrar os mares nunca antes navegados numa crônica minuciosa, divertida e emocionante, passando pela lendária Calicute até a misteriosa Cusco nas Alturas. O cotidiano da guerra, do mar e da relação entre duas pessoas tão diferentes é narrado de forma tão convincente que, no final, talvez fique a dúvida ao leitor sobre qual realidade seria ‘verdadeira’ e qual seria criada pelo escritor.

Caça às bruxas

Como gosto bastante da cultura russa, descobri um lugar em São Paulo chamado Tchayka – A Casa da Rússia. Lá, é possível encontrar uma porção de objetos que remetem ao país dos czares, de Dostoiévsky, Lênin, Korsakov e o maravilhoso Tchaikovsky. Há desde cds às tradicionais matriushkas. É fácil ficar longos minutos admirando reproduções de cartazes de filmes como Encouraçado Potemkim (1925) ou Ivan o Terrível (1944), obras-primas de Einsenstein. Na trilha sonora, a sétima sonata para piano de Serguei Prokofiev e a sinfonia concertante de Dmitri Shostakovitch completam o agradável clima eslavo.

Digo isso para introduzir outro assunto: saí de lá feliz com uma camiseta vermelha onde se lê as inicias CCCP, não a de “Cuidado com o Crioulo Pelé”, quando nossa seleção bateu os comunistas por 3 a 0 numa copa do mundo perdida do século XX, mas de Soyuz Soveietskih Sotsialistitcheskih Respublik, ou União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Passei a usá-la, e muitos me perguntaram: Maurício, você é mesmo comunista?

Olha, não sei bem, mas acho que sou. Estou acostumado com o capitalismo, é um sistema medíocre e capenga mas vá lá, às vezes funciona. Não tenho idade o bastante para saber como era “antigamente”, mas desconfio de que George Orwell estava certo. O comunismo pertence mesmo ao cemitério da história. Quando passo por lugares como a cracolândia, fico triste e desejando que toda aquela gente tivesse emprego, casa e família. Revolta ver tanto prédio que poderia estar sendo usado como moradia lacrado e abandonado. Desejo que toda cidade do Brasil tivesse ao menos um centro cultural, onde estivesse à disposição dos moradores um grande acervo de livros, filmes e discos com a nossa música brasileira. Brasil para os brasileiros! Desejo que as pessoas mais humildes tivessem acesso a museus, concertos, cinemas, teatros (entenda-se educação e erudição) e tudo mais que sonhassem. Desejo que moradores se unissem e lutassem pelos seus direitos nas comunidades pequenas e respeitassem a si próprios enquanto seres humanos, zelando pela coletividade num ambiente de fraternidade. Creio que isso são desejos comunistas.

Revolta um menino de rua parar no sinal, pedir um trocado para comer para a madame, que, a bordo de seu 4x4 importado diz “sinto muito, não tenho um tostão sequer”.

Li recentemente que na África (PRESTE ATENÇÃO, EU DISSE NA ÁFRICA) muitos produtores rurais jogaram milhares de litros de leite fora em protesto aos baixos preços pagos pelas gigantes indústrias. Recentemente, o parlamento europeu votava uma proposta para ajudar produtores de leite, o valor da ajuda superava os 250 milhões de euros. Pequenos fazendeiros africanos não conseguem competir dentro de seus próprios países com multinacionais, em sua maioria holandesas e francesas, o que gera uma situação bizarra: leite em pó importado é mais barato do que leite fresco produzido pelos próprios fazendeiros africanos. Isso acontece porque as indústrias europeias recebem incentivos fiscais do governo. Além disso, possuem maior capacidade de produção já que trabalham em escala industrial. Os pobres africanos não contam com tanta sorte: os governos não ajudam pois também são carentes de recursos, pagam impostos e demais despesas operacionais tais como ração, transporte e vacinas para o gado que acabam encarecendo o preço do produto final. Pelo menos para mim isso é revoltante, no mínimo. Já houve protestos assim aqui no Brasil.

Um boia-fria corta de dez a treze toneladas (EU DISSE TONELADAS) de cana por dia e recebe menos de 400 reais por mês para sobreviver apenas porque não tem “estudo”. Com isso, traz conforto para nós aqui na cidade; o álcool para limpeza, nossa boa e velha cachaça sem a qual não preparamos nossos drinques preferidos nem acendemos a churrasqueira. Não esqueça o caldo de cana sagrado da feira. Você acredita mesmo nisso? Da próxima vez que vir o álcool na prateleira do supermercado, lembre-se do cortador de cana.

Uma excelente propaganda veiculada tempos atrás informava que cerca de 20% de tudo que se compra na feira vai diretamente para o lixo. Incrível não? Sinceramente não sei explicar como aguentamos saber que todos os dias toneladas e mais toneladas de ALIMENTOS SÃO JOGADAS FORA nas feiras, nos supermercados, nos restaurantes e nos centros de distribuição. Apesar disso, pessoas morrem diariamente de desnutrição, de carência, de abandono...

De fome.

Procure ver onde o tênis que você usa é fabricado, faça o mesmo com seu celular, ipod, mp5000, Wii, PS e tranqueiras similares. Muitas mercadorias que enchem as vitrines e os olhos dos consumidoidos compulsivos do ocidente são produzidas na China por crianças em condições insalubres, desumanas, cruéis e covardes. Não me surpreenderia nem um pouco se descobrisse que as roupas das Pernambucanas, Renner, Riachuelo, C&A, entre outras, são costuradas por bolivianos clandestinos que recebem dezoito centavos por peça produzida e trabalham 15 horas por dia trancafiados nas confecções do Brás e do Bom Retiro sob o olhar algoz dos capatazes outrora judeus doravante coreanos. No shopping, essa mesma calça vai custar cem reais “em oferta”.

Um Roubo!

Intelectuais como José Serra gostam de dizer que “o capitalismo é o pior sistema econômico, com exceção de todos os outros”, outro pensador certa vez disse “o comunismo é a única solução, o problema é que não deram tempo para que fosse implantado de forma adequada”.

Fico com a segunda opção. Posso ser um tolo que acredita em papai-noel, mas ainda gosto de sonhar num mundo mais igual, humano e fraterno para todos. Até onde sei, o capitalismo não contempla tal hipótese, é cada um por si. Nada mais abominável.

Se os tigres urrarem contra mim. Explico-lhes que a mesma campanha liderada pelos Estados Unidos da América contra a “ameaça comunista” a partir dos anos 50, que fez a cabeça dos países pobres (entre eles o Brasil) é a mesma que se verifica hoje contra o “Terror”. O Brasil não precisa temer o terrorismo, a pendenga é lá no Oriente Médio entre califas e ianques. Se o comunismo não pegou no Brasil, foi porque nosso país se alinhou aos americanos (por mera conveniência) trocando gentilezas como a ida de Carmen Miranda para intermináveis turnês e gravações de filmes e até a criação de um personagem tipicamente brasileiro pelos estúdios Disney, assim nasceu o Zé Carioca. Os norte-americanos se diziam muito interessados na nossa cultura, uma ova! Queriam apenas nos ganhar na conversa para que caíssemos na deles. Certa vez, Carmen Miranda foi anunciada em solo estadounidense: “a pequena notável vinda diretamente do Brasil é a mais perfeita representante da cultura asteca!”. Isso mostra o quanto eles conheciam e estavam interessados nas nossas bananas. Parabéns mesmo só para Carmen, que se recusou a aprender inglês para atuar. “pois eles que se virem para entender o que estou falando! Eu me entendo perfeitamente!”

O tempo passa, o tempo voa, e os bodes expiatórios vão mudando uma coisinha aqui e ali. Eis a face do mal. Não podemos continuar compactuando com isso! O preço muda alguma coisa para nós aqui na cidade? Reflitam.

PS: Doe sangue! Nesta época os estoques ficam baixos, e as pessoas precisam!

A Canção do Silêncio

Projeto rápido, a Canção do Silêncio é um romance virtual baseado no mundo do Baronato de Shoah e está disponível em meu perfil do Recanto das Letras. Serão, aproximadamente, doze capítulos, cada um disponibilizado em um mês deste ano (que já acabou!) e no ano que vem.

confira o conto em A Canção do Silêncio

O Baronato de Shoah ao lado das historias fantásticas?

Quem me deu a dica foi o Rober Pinheiro, autor do Lordes de Thargor, pelo msn e pelo Twitter.

E não é que a coletânea da Tarja saiu na Steampunkopedia? Mais do que merecido, o livro é fabuloso e estou devendo uma resenha sobre ele. Até semana que vem essa resenha nasce.

Mas aí, ele me chama a atenção para outro livro, o quinto da lista: O Baronato de Shoah. Pois é, o livro tá lá na lista com a marca "em breve" do lado. O que é uma baita divulgação para um livro brazuca que nem editora tem.

Bom, fica aí o site para quem quiser dar uma olhada: O Baronato de Shoah na Steamppunkopedia

Dias da Peste


Vai aí uma dica rápida para quem curte cyberpunk e Ficção: Dias da Peste, do Fábio Fernandes.
O que eu sei dele? O cara é tradutor (o “Fundação” novo é tradução dele!) e jornalista, manda bem pra cacete e escreveu uma ficção pra lá de interessante.
“Dias da Peste” é um livro de linguagem normal, mas que tende a cair um pouco para o lado dos aficionados em computação. Isto não te atrapalha em nada, já que a maioria dos termos é explicada logo sem seguida dele ser comentado.
O livro flui muito bem. Nada é exagerado ou ridículo. E o protagonista soa extremamente brasileiro e real. Na verdade, em algumas partes, você tem plena certeza que ele existe.
O protagonista, Artur, na minha sincera opinião, nada mais é que o próprio autor, encarando os receios de uma nova e bizarra tecnologia. Isso é ruim? Não, por que o livro é convincente, calmo e envolvente. Confesso que larguei o “Código da Vinci” na página 50 por que comecei a ler o Dias da Peste; uma das minhas melhores trocas este ano.
Pra compensar a troca do carro, que foi uma besteira sem tamanho…
O cenário é o Rio de Janeiro, mais ou menos na nossa época, e vai até um futuro não muito distante. Detalhe para as diversas referências à cultura pop, literatura e informática (com uma rápida homenagem à colega Adriana Amaral).
Enfim, não dá pra contar muito do livro sem estragar a surpresa. Por quê? Ora, por que cada capítulo é permeado por um mistério que vai se resolvendo ao longo do livro. E, infelizmente, isto acontece no terceiro e último capítulo, deixando-nos malucos por uma continuação.
Entretanto, uma das maiores sacadas do livro é seu problema: as notas de rodapé. Elas, pelo que se entende, são feitas pelas máquinas, os computadores, que, muitas vezes, não possuem a finesse de entender conceitos humanos como “mão de vaca” ou “se fodeu de verde e amarelo”.
Isso é engraçado no primeiros capítulos, engraçado mesmo, MAS, lá pro meio você começa a se encher. É como andar na companhia de um/a amigo/a bonito/a burro/a. As piadas ficam meio repetitivas e algumas coisas soam meio absurdas (por exemplo, não haver referência a Napoleão Bonaparte). E isso me irritou bastante na terceira parte do livro “O Podcast.
Ah, detalhe, o livro é dividido em três partes: O Diário Híbrido, O Blog, O Podcast. Cada um deles tem uma trama principal envolvendo o protagonista e o resto do mundo. O mais legal são as descobertas do protagonista perante este problema, algo como “House” quando algo externo e totalmente alienígena é uma referência a doença tratada. Naõ sei se ficou claro…
De resto, eu li os “Dias da Peste” em dois dias (chegando atrasado ao serviço por ficar lendo até tarde) e você também não vai demorar muito para terminá-lo.


Fica a dica: Dias da Peste, da Tarja Editorial. Preço Aproximado: R$28,80.

A servo venientibvs ossa (ou se você for mais rápido...)

Todo encontro como aquele era regado de muito suspense e emoção e o já tradicional frio na barriga era inevitável, ele não sabia se os olhares trocados eram indicação de um turbilhão maior de emoções ainda por vir, ela não sabia em que medida era correspondida e os dois se encantavam com o correr dos dias, com a pulsação, com o desejo que crescia.

Conversavam bastante e tinham muitas afinidades. Ela jeitosinha meiguinha e linda, sua baixa estatura contrastava com o porte dele: encorpado, forte e demonstrador de gestos firmes, seguros e decididos. Ele a tomava nos braços com muita habilidade, o que era atípico para sua faixa etária. Os dois sempre iam juntos ao colégio sendo que ele, o cavalheiro, a buscava na porta de casa e para lá a conduzia no fim de todas as manhãs. O clima era de muita ternura e ele só esperava uma oportunidade, já tinham ido ao cinema e nada, já haviam ficado na praça conversando até tarde e nada, já se entreolharam por longos (e eternos) instantes e nada, trocavam muitas gentilezas gestuais e nada.

Um dia após o tradicional cinema de sexta à noite eles vinham pela rua tranquila, arborizada e pouco iluminada, felizes em clima angelical. Andavam quase abraçados, em breve algo mudaria a vida dele, era o momento com que tanto sonhara, dentro de instantes seria ali a grande emoção de sua vida. No momento exato, tocou o telefone, ela atendeu: Disse que estava bem e em especial companhia, que estava tendo um dia maravilhoso mas faltava algo para que terminasse espetacular, e que aquele algo aconteceria dentro de instantes. Conversaram mais algumas palavras de cortesia... o jovem mancebo tentava não se intrometer não ouvindo a conversa e não demonstrar com isso falta de educação, aguardava quieto e olhando em direção ao chão em sinal de respeito e discrição até que findasse a conversa. Após se despedir ao telefone, decidiu que aquele seria o momento. Com muita cortesia e gentileza indagou:

- Quem era?

Ela delicadamente responde:

- Meu namorado.


Morreu Lombardi, o anônimo mais famoso que o Brasil já viu. Um verdadeiro ícone da cultura brasileira. Boa viagem.