quadrinhos e letras

Superman, Batman, Spiderman... Balbatisher ydn (ou seja: judeus de boa familia!) Dos funnies dos twienties ao Gato do Rabino de Joann Sfar, passando pelos super heróis, os quadrinhos continuam em cartaz no espaço expositivo da Casa de Cultura de Israel, que está promovendo uma mostra que enfoca as relações entre a imigração judaica para Nova Iorque e a evolução dos quadrinhos no século XX. Agendamento para visitas guiadas para grupos - Departamento de Arte-Educação – atendimento: 3065-4347 de 3ª a 6ª, das 10h00 às 18h00 ou pelo email arteeducacao@culturajudaica.org.br. Até 25/04. A Casa de Cultura de Israel fica ao lado da estação Sumaré do metrô.

25?02: Tradutor alemão Curt Meyer-Clason completa 100 anos em 2010.

Coube a Curt Meyer-Clason o papel de ser o pioneiro na tradução para o alemão de um universo tão rico e peculiar como o da literatura latino-americana. Ele, que atravessou de navio a linha do Equador pela primeira vez em 1936, foi descobrir novo sentido para sua vida de representante de uma empresa norte-americana que comercializava algodão nos livros que leu de autores como do brasileiro Jorge Amado, do colombiano Gabriel García Márquez e do argentino Jorge Luís Borges. Ficou tão maravilhado com o que leu que precisou de alguma forma se tornar cúmplice daquilo.

Hoje, quem se debruçar sobre a carreira desse homem que chegou a ser acusado de ter sido espião do governo nazista no Brasil vai encontrar uma profusão de títulos realmente inquestionável no aspecto qualidade literária. Além de inúmeros livros do prêmio Nobel de Literatura de 1982, García Marquez, como Cem Anos de Solidão, Crônica de uma Morte Anunciada e O Outono do Patriarca, Meyer-Clason traduziu também Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, Macunaíma, de Mário de Andrade, e Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, passando ainda por A Hora da Estrela de Clarice Lispector, Migo de Darcy Ribeiro e Zero, de Ignácio de Loyola Brandão.

Foi no cárcere da Ilha Grande, Rio de Janeiro, que Curt Meyer-Clason descobriu seu amor pela literatura, ao ser preso em 1942 pela polícia de Getúlio Vargas. Contra ele pesava a acusação de ter trabalhado como espião para o regime fascista. "São puras calúnias. Quem quiser saber dos fatos pode ler meu romance autobiográfico Equador, que está lá tudo contado, frase por frase", declarou ele ao repórter. "Fui forçado depois de tortura a assinar documento sem ler, um depoimento escrito pela polícia com a intenção de me condenar", contou o alemão. O tradutor viveu no Brasil de dezembro de 1936 a maio de 1954.

O livro Die Menschen sterben nicht, sie werden verzaubert reúne relatos de diversos encontros que o tradutor teve no decorrer dos anos com os ilustres Jorge Luís Borges, Jorge Amado, Vargas Llosa, Ubaldo Ribeiro, Cabral de Melo Neto, García Márquez e Carlos Drummond de Andrade.

O poeta de Sentimento do Mundo lhe era especial: "Sua voz reservada, sussurrada, me lembrava Ingeborg Bachmann [escritora austríaca] em suas leituras". Depois de ouvir de Drummond que ele não tinha o menor interesse em entrar para a Academia Brasileira de Letras (ABL), Meyer-Clason o descreveu: "por não ser agressivo, recusar prêmios era sua forma de protestar."

Já no começo do relacionamento, Guimarães Rosa não poupava admiração pelo tradutor alemão. "Confio plenamente na sua inteligência, na sua cultura, no seu encantamento pelo amor e sua notória capacidade. Estou certo que não me iludo, quando acho que a tradução alemã, com sua exatidão e adequação, será a mãe de todas as traduções."

Em 1965, a ABL homenageou Meyer-Clason com a medalha de ouro Machado de Assis, como reconhecimento pela tradução de Grande Sertão: Veredas. Para o autodidata Curt Meyer-Clason, o segredo da tradução é fazer das cores da estranheza algo reconhecível.

As inúmeras cartas que Meyer-Clason e Guimarães Rosa trocaram entre 1958 e 67 foram publicadas em 2004. "Foi de meu encontro com João Guimarães Rosa e sua obra que nasceu minha aventura de tradutor", afirmou o nobre cidadão de Munique.


26/02: aniversário de Victor Hugo.

Bom fim de semana a todos.

sobre o tempo

Tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei. Pra você correr macio...

Rubem Alves escreveu certa crônica que me fez pensar bastante no tempo e de como ele afeta nossa passagem pelo planeta. Revelou o escritor que a maneira como olhamos para o tempo é distorcida, faça as contas e veja quantos anos você tem, contou? Muito bem, qual é o resultado?
Lamento dizer que você está errado(a). Você não tem o que acha ter. Nasci no dia 19 de fevereiro do já distante ano de 1983. Entretanto não tenho 27 anos, pois esse tempo a vida (ou a morte) já tirou de mim. É portanto um tempo de que não mais disponho. O ideal, na visão atenta de Alves seria dizermos que não temos mais tal idade, o que parece válido. Imaginemos que todas as pessoas morressem com a idade padrão de cem anos. O sujeito pergunta ao outro ‘quantos anos você tem?’ e o outro responde ‘tenho trinta anos’, ou seja, tem trinta anos [pela frente] o que significa que já viveu setenta. Nos aniversários, seria o caso de dizer ‘desfiz tantos anos’ já que na verdade o tempo nos desconstrói no decorrer da existência. Nascer é começar a morrer.
Tudo isso para dizer a vocês que na última sexta-feira desfiz 27 anos.

O czar Aleksander II assinou, naquele dia, uma "generosa" proclamação para ser executada com a maior rapidez. Ela se referia à libertação de 20 milhões de servos ("escravos virtuais") do território russo. A proclamação dessa ordem libertária foi aplaudida e recebida com alegria, até que se soube que ela estava amarrada a algumas exigências. Entre elas, estava uma condição: para que a terra fosse concedida aos novos homens livres, eles deveriam pagar uma "taxa de redenção" para o governo e uma outra taxa para seus antigos senhores.

Poucos, pouquíssimos tiveram condição de cumprir a exigência.
Isto em 1861, em 19 de fevereiro.

Para quem deu algum crédito nessas linhas, leiam Desfiz 75 anos, de Rubem Alves.
Tempo amigo, seja legal, conto contigo.

Para encerrar, confiram a dica quentíssima desta semana, diretamente do site do ministério das relações exteriores: Não viaje para o Irã com vistos ou carimbos de Israel em seu passaporte. Certifique-se que não há vistos ou carimbos de autoridades israelenses em seu passaporte. A República Islâmica do Irã não reconhece legalmente o Estado de Israel. Antes de solicitar visto ou viajar para o Irã, certifique-se que não há vistos ou carimbos de autoridades israelenses em seu passaporte. Caso contrário, sua solicitação de visto, ou até mesmo sua entrada no território iraniano, poderão ser negadas.

desenhos do bruno

Um conhecido da net me mandou esses desenhos há uma semana. Como estávamos no carnaval eu acabei deixando no e-mail para postar mais tarde. É sempre muito divertido receber diversas faces dum personagem, Edgar, até agora, tem sido o preferido...

























Mais imagems!

Essas imagens são um pouco antigas mas são um presente de um amigo, o "Romano".
A história delas é simples, um amigo dele, que vive no México, deu uma de louco e fez essas fotos perto de uma estação de trem. Depois mandou para o "Romano" que fez o trabalho em photoshop.
conversamos por algum tempo e ele me deu as fotos por que queria um conto baseado nelas, este conto foi uma das inspirações para o Baronato de Shoah (preciso encontrá-lo aqui no pc).
No fim o cara das fotos se transformou no Kaleck, que começou como um inimigo de Sehn, mas na versão final do livro virou uma espécie de "aliado indeciso".
As imagens do cara:










Nós e eles

Recebi um e-mail com cara de corrente, mas achei-o tão surpreendente que vou copiá-lo aqui na íntegra. Não posso atestar a veracidade desses fatos como em 90% das coisas que mandam para gente, apesar disso o texto é muito verossímil e merece ser lido por todos. Não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos.

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr. Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Defendo a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!

DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE A
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Por fim, ouçam os comentários "A mulher com mais de 40 anos é superior", "A menina das rimas" e também "Feliz Ano Novo". São maravilhosos! Eis o link:

http://bandnewsfm.band.com.br/colunista.asp?ID=102&pag=3

Bom fim de semana a todos, e sejam felizes.

Imagens do Baronato - Kadriatus


Kadriatus é um dos personagens principais do Baronato de Shoah.
No arquivo liberado na net há uma rápida passagem dele, quase imperceptível.
Quando comecei a esboçar o livro um amigo meu, o Gabriel, me mandou essa imagem, comentando que se lembrou do Kadriatus quando o descrevi. Aliás, ele também comentou que as "espadas-serra" do Baronato eram idênticas a uma arma que outro amigo dele desenhou.

Este aqui é o esboço que ele me mandou na época.

Esboço de personagem - Edgar Crow


E não é que a coisa funciona?
Depois de disponibilizar o primeiro capítulo do Baronato de Shoah recebi vários comentários de amigos e conhecidos que são desenhistas e se empolgaram com os personagens do livro.
O primeiro desenho que recebi foi do Leo Bastos, ele fez um desenho bem bacana do Edgar Crow, confira!
Como todo artias, ele não está muito feliz com o final. Então decidiu fazer mais algumas tentativas.

Assim que estes desenhos forem chegando, eu mostro aqui.

O Bazar do fim de semana!


O Bazar foi muito legal, com enormes descontos (paguei 15 reais no Imaginários e 15 no Protocolo de Anúbis).
Comentários: a Cris Lasaitis escondeu o copo de chopp na hora da foto, o Mushi não presta e o Erick saiu com uma cara meio maligna na foto do contrato (ah, sim, aquilo na mão dele é o contrato do Baronato...)





Diálogo com a consciência (parte 2)

-Olhe, vamos devagar, está chegando a hora. Quero ter tempo de pensar matematicamente antes de qualquer coisa, não quero que nada dê errado.
-E não dará! É assim que se fala campeão!

(durante o combate)

-Foi dada a largada. (Nelson Rodrigues está no camarote)
-Vamos! Vamos! Vamos!
-O que está esperando? Já!
-Não sei se devo.
-Como assim não sabe? Deixa isso pra lá! Vamos!?
-É nesse momento que gosto de rever minhas posições.
-É nesse momento que você se acovarda!
(triste)
-Não fale assim comigo!
-Eu falo! Pra você aprender.
-Eu preciso disso? (engole o choro mais uma vez)
-Não, eu é que preciso! Não vê o que está fazendo consigo mesmo? Não vê o quão prejudicial é para si mesmo? Por que você não pode ser uma pessoa normal?
-A normalidade é uma convenção imposta!
-Não enrole! Quero ver você se lamentando depois, já estou até vendo...
-Não me provoque.
-O quê você vai fazer? Me desafiar? Eu bem que gostaria.
-Você não gosta de nada!
-Olha quem está falando.
-Você foi a pior coisa que inventaram.
-Mas você não vive sem mim não é mesmo?
-Olha lá! De novo! Essa foi pra você.
-Hum... você me distraiu. A próxima eu não deixo barato.
-Excelente! Gostei de ver. Capricha cara!