Esperança

Vou esperando o mundo melhorar.


Vou esperando as coisas acontecerem, ao lado dos desajustados do mundo, tentando ajustá-los fundamentalmente numa ideia vaga. Em ascensão mergulham sentimentos profundos que se revezam entre gritos e berros torturantes.

É só um texto…

A droga é só minha. Não divido meus vícios com ninguém. Espero. Espero. Esse é meu vício. Poso parar quando quiser. Posso deixar de lado esse monte de coisa profana que mergulha minha alma cada vez na ascensão inversa de pavores e angústias. Oh angústia, desata-me o nó da garganta.

Olho no celular do destino, cuja agenda não passa de um cronômetro libertador. Ele é o princípio sem ômega. O versículo principal de um sacro livro de páginas marcadas, viradas, rabiscada, esquecidas.

Qual era mesmo a página? Não a marco para não lê-la de novo. Mas meus dedos percorrem avidamente as folhas amareladas de uma tora velha e rejeitada.

Prometo ser o messias.

Prometo.

Espero.

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